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Brasil construiu a sua própria Área 51 para trabalhar um grande projeto de armas nucleares

Por Pedro Silvini
23/11/2025
Em Geral
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àrea 51 Brasil

(Reprodução/Ministério da Defesa)

No sul do Pará, em uma região isolada e de acesso controlado conhecida como Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), o Brasil manteve por décadas aquilo que autoridades classificavam como um verdadeiro “segredo de Estado”. A área militar da Serra do Cachimbo, hoje conhecida por abrigar estruturas de treinamento da Força Aérea Brasileira (FAB), foi, no passado, o centro do “Programa Paralelo” — uma iniciativa clandestina que tinha como objetivo dominar o ciclo completo do combustível nuclear com finalidades bélicas.

Iniciado durante o regime militar, o programa corria à margem do acordo nuclear firmado com a Alemanha, responsável pela construção das usinas de Angra. Conduzido diretamente pelas Forças Armadas, o projeto avançou silenciosamente, buscando dotar o país da capacidade autônoma de produzir um artefato nuclear em pleno contexto da Guerra Fria.

Documentos oficiais hoje disponíveis no Acervo Nacional mostram que o Programa Paralelo chegou a etapas decisivas. No centro da operação estava uma perfuração de 320 metros de profundidade, codinome “Tango”, localizada dentro do CPBV. O poço foi projetado para a realização de um teste nuclear subterrâneo, considerado o passo final para comprovar a capacidade atômica brasileira.

A justificativa para o investimento era a busca por autonomia estratégica, dissuasão militar e a intenção de posicionar o Brasil entre o grupo restrito de nações com potencial nuclear, em uma época marcada por tensões globais e disputas geopolíticas.

(Reprodução/Ministério da Defesa)

Uma área militar gigantesca e preservada

Informações divulgadas em 2018 pelo governo federal revelam a dimensão do CPBV: cerca de 22 mil quilômetros quadrados, o equivalente ao tamanho de Sergipe. A área é dividida entre estruturas administrativas e operacionais, incluindo estande de tiro para aeronaves, pista de pouso e alvos distribuídos pelo território — tudo isso cercado por extensas áreas verdes e mananciais preservados da Serra do Cachimbo.

A FAB mantém a fiscalização e a proteção ambiental da região, considerada um importante reduto de biodiversidade no norte do país. Ao longo dos anos, inúmeras tentativas de invasão para exploração ilegal de madeira e minérios foram repelidas, reforçando a função estratégica e ecológica da área.

Da aviação ao segredo nuclear: um histórico singular

O CPBV tem origem ainda na década de 1950, quando a Serra do Cachimbo se tornou ponto de apoio para aeronaves que cruzavam o Brasil. Em 3 de setembro de 1950, dois aviões pousaram em uma clareira arenosa, dando início à ocupação militar da região. A partir de 1954, começaram as obras de infraestrutura, mas o campo só foi oficialmente instituído em 1983, após a criação de um grupo técnico solicitado pelo Estado-Maior das Forças Armadas.

Desde então, o local transformou-se em um dos espaços mais estratégicos do país — primeiro para o avanço da aviação, depois como núcleo de testes e, posteriormente, como centro do programa nuclear sigiloso.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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