O Brasil lidera o ranking de agilidade e custo para a abertura de empresas em 2025. Esse dado vem do Índice da Burocracia, estudo conduzido pelo Adam Smith Center for Economic Freedom. O país apresenta o menor tempo e um dos menores custos entre os 21 países avaliados.
Demora cerca de 35 dias úteis para abrir uma empresa de médio porte no Brasil, enquanto a média global chega a oito meses. Isso é resultado da digitalização parcial e da Lei de Liberdade Econômica, que reduz exigências para atividades de baixo risco.
Na prática, o Brasil se destacou em diversos aspectos no cenário internacional. O país melhorou significativamente em setores econômicos variados, mantendo a liderança na pecuária, onde o tempo médio para abrir uma empresa é de 289 horas, empatando com Portugal.
Na construção civil, esse tempo cai para 216 horas, o menor entre os países analisados. No setor imobiliário, são necessárias 309 horas. Esses dados refletem uma crescente eficiência na criação de um ambiente de negócios mais atrativo.
Custo reduzido como vantagem competitiva
Além da agilidade, o custo para abrir uma empresa no Brasil é notoriamente baixo. O gasto médio é de aproximadamente US$ 400 (R$ 2.130), um dos menores valores entre os países do estudo. Essa economia se deve à baixa carga burocrática inicial e ao salário mínimo relativamente baixo, tornando as empresas brasileiras mais competitivas internacionalmente.
Desafios operacionais continuam
Apesar das facilidades na abertura de empresas, as organizações enfrentam desafios burocráticos no Brasil. As empresas gastam aproximadamente 1.039 horas por ano com tarefas burocráticas rotineiras, ainda considerado alto.
A complexidade nos tributos e regulamentações trabalhistas é uma barreira constante, especialmente na construção civil, com alta rotatividade de pessoal e múltiplos impostos que elevam os custos operacionais.