Na semana retrasada, durante um evento do Mercado Livre, o presidente Lula comentou que o Brasil estava seguro em meio ao “tarifaço” de Donald Trump por causa da sua reserva internacional. Segundo levantamento do Banco Mundial, nós temos uma das dez maiores reservas em dólar do mundo – curiosamente, maior do que a dos Estados Unidos.
De acordo com o levantamento, repercutido pelo Valor, o Brasil é o nono país do mundo com maior reserva em dólar: são cerca de US$ 346,4 bilhões guardados na nossa reserva. Os Estados Unidos ficam em 11º lugar, com US$ 234,1 bilhões.
Confira os dez países com as maiores reservas em dólar do mundo:
- China – US$ 3,3 trilhões;
- Japão – US$ 1,2 trilhões;
- Suíça – US$ 794, 9 bilhões;
- Índia – US$ 574,5 bilhões;
- Rússia – US$ 442,5 bilhões;
- Arábia Saudita – US$ 436,5 bilhões;
- Hong Kong – US$ 425,4 bilhões;
- Coréia do Sul – US$ 414 bilhões;
- Brasil – US$ 346,4 bilhões;
- Singapura – US$ 344,5 bilhões.
O que são as reservas internacionais?
Segundo o Banco Central – BC -, as reservas internacionais são ativos do país em moeda estrangeira – a maior parte em dólar, mas não é a única moeda. Essas reservas funcionam como uma espécie de “seguro” para que o país possa cumprir com suas obrigações no exterior e lidar com choques como crises cambiais – e, mais recentemente, tarifaços.
“No caso do Brasil, que adota o regime de câmbio flutuante, esse colchão de segurança ajuda a manter a funcionalidade do mercado de câmbio de forma a atenuar oscilações bruscas da moeda local – o real – perante o dólar, dando maior previsibilidade e segurança para os agentes do mercado“, explica o BC.