Na última quinta-feira (16), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou um caso de gripe aviária, causada pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP). Foi a primeira vez no Brasil que o vírus foi detectado no sistema de avicultura comercial. Desde então, tivemos mais três focos. Os locais em que o vírus foi detectado foram:
- Rio Grande do Sul;
- Tocantins;
- Santa Catarina;
- Ceará.
Um funcionário de uma granja do Rio Grande do Sul em que foi detectado o vírus está sendo monitorado após apresentar sintomas da gripe aviária. Nessa granja, localizada na cidade de Montenegro, haviam cerca de 17 mil animais, que morreram ou foram sacrificadas no último final de semana.
“Ainda não paramos para contabilizar os prejuízos, porém no decorrer dos dias vamos avaliar as perdas”, comentou o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Vlademir Gonzaga ao Correio do Povo. “Mas vai vender para dentro, porque você não deixa de comer frango. Ainda não sabemos que reflexo haverá, mas com certeza deve baixar produção e faturamento.”
Humanos podem pegar gripe aviária?
Esse vírus raramente afeta humanos, mas não é impossível. Por não ter imunidade prévia à doença, a taxa de mortalidade é considerável. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), desde 2003, foram registrados apenas 900 casos de humanos infectados, com uma taxa de mortalidade acima de 50%. A forma de transmissão é o contato direto ou indireto com animais infectados e com seus fluidos ou fezes, por isso o funcionário da granja corre risco de ter pegado a doença.
“Os sintomas variam de leves – com alguns pacientes até mesmo assintomáticos – a graves. As principais manifestações relatadas incluem febre, tosse, resfriado, conjuntivite, sintomas gastrointestinais e problemas respiratórios”, explica a Agência Brasil.