O recente aumento nos casos de câncer de apêndice entre jovens, particularmente na faixa dos 30 anos, está intrigando a comunidade médica. Um estudo recente indica que a incidência da doença está aumentando, desafiando a classificação do câncer de apêndice como raro.
Os especialistas apontam mudanças no estilo de vida, como dietas ricas em alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas, além de possíveis fatores ambientais, como contribuintes para esse crescimento.
Fatores que preocupam os médicos
Os médicos estão em alerta por vários motivos. Os sintomas do câncer de apêndice muitas vezes se confundem com problemas digestivos comuns, tornando o diagnóstico precoce um desafio. Frequentemente, o tumor é descoberto apenas após uma cirurgia de apendicite.
A detecção antecipada é difícil, pois os sinais iniciais são sutis e passam despercebidos, aumentando a complexidade do diagnóstico.
Diagnóstico
O diagnóstico de câncer de apêndice geralmente ocorre incidentalmente, durante a remoção do apêndice, ou por meio de exames de imagem realizados por outras razões. A confirmação é feita por biópsia e análise histopatológica.
As opções de tratamento variam de acordo com o estágio da doença. Os procedimentos incluem apendicectomia, hemicolectomia e, em casos avançados, quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), que tem se mostrado eficaz na melhora da sobrevida dos pacientes.
Estilo de vida moderno
O aumento de casos de câncer de apêndice levanta questões sobre o impacto das modernas mudanças dietéticas e ambientais. Obesidade e sedentarismo, muitas vezes associados a dietas menos saudáveis, são apontados como possíveis catalisadores.
Além disso, as alterações no microbioma intestinal, possivelmente causadas pelo uso excessivo de antibióticos, também são consideradas fatores de risco.