O novo reajuste dos benefícios do INSS trouxe boas notícias para quem já está aposentado e também para quem ainda contribui com a Previdência. Desde 1º de janeiro de 2025, o teto do INSS passou a ser de R$ 8.157,41, um aumento de 4,77% em relação ao valor anterior (R$ 7.786,02). O reajuste foi oficializado pela Portaria Interministerial MPS/MF nº 6, publicada no Diário Oficial da União.
O aumento segue o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para corrigir benefícios acima do salário mínimo. Segundo o INSS, mais de 12,1 milhões de segurados recebem benefícios acima do piso nacional, que agora é de R$ 1.518,00.
Mas afinal, como garantir uma aposentadoria mais próxima do teto máximo?
Como funciona o teto do INSS
O teto previdenciário é o valor máximo que o Instituto Nacional do Seguro Social pode pagar em qualquer tipo de benefício — aposentadorias, auxílios ou pensões. Da mesma forma, é também o limite sobre o qual podem incidir as contribuições mensais dos segurados.
Ou seja, mesmo que um trabalhador receba R$ 20 mil por mês, a contribuição ao INSS e o cálculo do benefício futuro serão limitados ao valor de R$ 8.157,41.
As alíquotas de contribuição foram atualizadas e variam conforme a faixa salarial:
- Até R$ 1.518,00 — 7,5%
- De R$ 1.518,01 a R$ 2.793,88 — 9%
- De R$ 2.793,89 a R$ 4.190,83 — 12%
- De R$ 4.190,84 a R$ 8.157,41 — 14%
Essas faixas valem para empregados formais, domésticos e trabalhadores avulsos. As contribuições de janeiro devem ser recolhidas em fevereiro.
Quanto é preciso contribuir para chegar ao teto
Para receber o teto do INSS, não basta contribuir com o valor máximo — é preciso também preencher os requisitos de cálculo e tempo de contribuição que permitem alcançar 100% da média salarial.
A maioria dos benefícios é calculada com base na média dos salários de contribuição, corrigidos pela inflação. O valor final da aposentadoria corresponde a um percentual dessa média, que pode variar de 60% a 100%, dependendo da idade, tempo de contribuição e tipo de benefício.
Por exemplo:
- Um trabalhador que sempre contribuiu com o valor máximo, mas se aposenta com 60% da média, receberá apenas parte do teto.
- Já quem tem tempo suficiente para garantir 100% da média — e contribuiu sobre o teto por longos períodos — pode alcançar o valor máximo de R$ 8.157,41.
E se você contribui como autônomo?
Para contribuintes individuais, como profissionais liberais e autônomos, as alíquotas variam:
- 20% sobre o salário de contribuição (limitado ao teto);
- 11% para quem presta serviços com CNPJ;
- 5% para microempreendedores individuais (MEIs) — mas, nesse caso, o benefício é limitado ao salário mínimo.
Um médico autônomo que ganha R$ 15 mil, por exemplo, pagará 20% sobre o teto do INSS (R$ 8.157,41), totalizando R$ 1.631,48 por mês.




