Um canudo inovador desenvolvido pelo Departamento de Química da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) promete mudar a forma como o metanol é identificado em bebidas destiladas adulteradas. Este dispositivo, previsto para ser comercializado por R$ 2, foi concebido para detectar rapidamente a substância tóxica, tornando-se uma ferramenta útil em meio ao aumento das preocupações de saúde pública no Brasil.
O metanol, quando ingerido, provoca sérios problemas de saúde, inclusive risco de morte. Respondendo aos casos recentes de intoxicação no país, o canudo foi projetado para indicar a presença do composto químico através de uma mudança de cor, visível externamente.
Este avanço tecnológico, desenvolvido em dois anos, está em processo de patenteamento e já atraiu interesse de empresas para produção em larga escala.
Funcionamento básico
O canudo opera por meio de reações químicas entre os reagentes contidos nele e a bebida testada. Uma vez que o líquido sobe por capilaridade dentro do canudo, uma interação química altera a coloração externa, proporcionando um resultado visual imediato.
Isso oferece uma solução prática e econômica para consumidores, bares e restaurantes, especialmente frente ao aumento da falsificação de bebidas alcoólicas.
Equipamentos como o uso de luz infravermelha para detectar adulterações possuem altos custos e são mais adequados para órgãos de fiscalização. Em contraste, o canudo descartável é acessível, democratizando o processo de fiscalização e ampliando a segurança no consumo de bebidas.
Atualmente, o projeto passa por testes finais para garantir a segurança e eficácia do produto. Espera-se que em breve o canudo esteja disponível para distribuição em larga escala, dependendo de acordos financeiros e apoio governamental.