Comuns em áreas próximas a rios, lagos e parques urbanos, as capivaras costumam chamar a atenção pela aparência tranquila. No entanto, especialistas alertam: capivaras mordem e a aproximação indevida pode trazer riscos à saúde. Mesmo não sendo predadoras, elas podem atacar quando se sentem ameaçadas, especialmente em situações de defesa territorial ou proteção dos filhotes.
A capivara é o maior roedor do planeta, podendo pesar entre 60 e 90 quilos e medir cerca de 1,30 metro de comprimento. Herbívora e semiaquática, vive em grupos que podem ultrapassar 40 indivíduos e apresenta comportamento territorialista.
Para se alimentar de capim e outras vegetações, o animal possui incisivos que podem chegar a 6 centímetros, extremamente fortes e afiados. Em um ataque, esses dentes podem causar ferimentos profundos.
Apesar de geralmente ser considerada dócil, a capivara é um animal silvestre, o que significa que seu comportamento pode ser imprevisível, especialmente diante de contato humano próximo.
Em quais situações a capivara pode morder?
Ataques não costumam acontecer sem motivo. Segundo especialistas em comportamento animal, a agressividade das capivaras está associada a contextos específicos:
- Defesa de território: ao perceber invasão de espaço, o animal pode reagir de forma violenta;
- Proteção de filhotes: fêmeas tendem a ser mais agressivas quando estão com crias;
- Instinto de defesa: a capivara tem mobilidade limitada no pescoço e precisa mover o corpo inteiro para observar o ambiente. Aproximações repentinas, laterais ou por trás podem ser interpretadas como ameaça;
- Disputa hierárquica: dentro dos bandos existe uma hierarquia rígida, e conflitos podem ocorrer para manutenção do controle do grupo.
Além da dor intensa, a mordida representa um risco sanitário. A boca de animais silvestres abriga diversas bactérias que podem causar infecções graves. Em caso de mordida, é fundamental procurar atendimento médico imediato para limpeza da ferida e avaliação clínica.
Dependendo da situação, o médico pode prescrever antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos. Há ainda o risco, embora raro, de transmissão da raiva, caso o animal esteja infectado, o que exige vacinação específica.
Doenças associadas à presença de capivaras
Mesmo sem mordida, a aproximação de capivaras pode trazer riscos indiretos. O animal pode ser vetor ou hospedeiro de doenças como:
- Febre maculosa
- Leptospirose
- Leishmaniose
- Toxoplasmose
- Tripanossomíase
A transmissão não ocorre pelo simples toque, mas pelo contato com fezes, urina, secreções ou pela picada de carrapatos e mosquitos que tiveram contato prévio com o animal.




