A Leapmotor, montadora chinesa parcialmente controlada pela Stellantis — grupo que reúne marcas como Fiat, Peugeot e Citroën —, anunciou a chegada ao mercado brasileiro do SUV C10, que será lançado em 2025 em duas versões: 100% elétrica (BEV) e REEV (Extended-Range Electric Vehicle), uma configuração inovadora que promete revolucionar a experiência de dirigir um carro eletrificado.
Diferentemente dos híbridos convencionais (HEV) e dos híbridos plug-in (PHEV), o REEV utiliza um motor a combustão apenas como gerador de energia elétrica, sem tracionar as rodas. Toda a propulsão é feita pelo motor elétrico, garantindo:
- Condução 100% elétrica, com aceleração linear e silenciosa;
- Reabastecimento rápido com gasolina quando não há carregadores por perto;
- Maior eficiência energética, já que o motor a combustão opera sempre em faixas ideais de rendimento;
- Desempenho e conforto acústico típicos de veículos premium.
De acordo com Marcio Tonani, vice-presidente sênior de engenharia da Stellantis na América do Sul:
“O motor a combustão foi desenvolvido exclusivamente para alimentar o sistema elétrico. Ele recarrega as baterias ou fornece energia ao motor elétrico quando necessário, sem jamais mover as rodas.”
Na prática, isso significa que o condutor terá a experiência de um carro elétrico sem a limitação da infraestrutura de recarga, podendo abastecer com gasolina quando for mais conveniente.
Por que o C10 é um marco para o Brasil?
Segundo Fernando Varela, vice-presidente da Leapmotor para a América do Sul, será a primeira vez que uma montadora oferece no Brasil um veículo com essa tecnologia em um segmento de volume.
“O C10 REEV chega em 2025, ao lado da versão totalmente elétrica (BEV). Queremos oferecer ao consumidor brasileiro o que há de mais moderno em mobilidade eletrificada”, destacou.
Além do C10, a marca confirmou que o SUV B10 elétrico também fará parte da ofensiva para consolidar a Leapmotor no Brasil e no Chile.
Conforto elétrico com liberdade de abastecimento
A proposta do C10 REEV é oferecer o melhor dos dois mundos:
- A suavidade e eficiência de um carro elétrico, sem emissões diretas;
- A tranquilidade de poder abastecer com gasolina para gerar energia quando não houver estações de recarga próximas.
Isso elimina a chamada “ansiedade de autonomia”, uma das principais barreiras de adoção dos veículos elétricos no país.