Na manhã da última sexta-feira (12), a Polícia Federal prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisoti, acusados de participarem do esquema bilionário de fraude do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Durante a operação, a PF também apreendeu vários itens de luxo, incluindo uma réplica de um modelo usado por Ayrton Senna na Fórmula 1 de 1993.
A PF ainda não divulgou a quem pertenciam os itens apreendidos, mas, fica subentendido que eles poderiam ter sido adquiridos com recursos ilícitos, vindos da fraude do INSS.
Além da réplica do carro de Senna na Fórmula 1, a coleção de itens levada pela Polícia Federal também contava com uma Ferrari F8, com valor que pode passar dos R$ 4 milhões, segundo a CNN Brasil, dinheiro, relógios, quadros, esculturas, armas e móveis de luxo.
Autorizada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Operação Cambota cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal, e também visou o escritório do advogado Nelson Willians.
Prisão do “Careca do INSS” foi por risco de fuga
De acordo com uma matéria do Estadão, havia risco do “Careca” e de Camisotti fugirem antes das investigações da fraude serem concluídas, por isso a prisão dele foi determinada. Descrito no inquérito da PF como um “pagador de vantagens indevidas”, o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes é suspeito de repassar R$ 9,3 milhões para servidores do INSS suspeitos de corrupção.
A defesa de Antunes afirma que não há justificativa para a prisão do seu cliente e que vai apresentar documentos comprovando a inocência dele para a Polícia Federal.