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ChatGPT está perdendo bilhões de dólares com perguntas de usuários. Entenda!

Por Pedro Silvini
26/04/2025
Em Geral
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Sam Altman, CEO do ChatGPT

Sam Altman, CEO do ChatGPT (Reprodução/Bloombeg)

Dizer “por favor” e “obrigado” ao ChatGPT pode parecer apenas um gesto de boa educação — e, de certa forma, é. Mas esse pequeno hábito está custando caro. Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, criador do ChatGPT, essas interações educadas já custaram dezenas de milhões de dólares à empresa.

A revelação surgiu após uma pergunta feita no X (ex-Twitter), em tom de brincadeira: “Quanto dinheiro a OpenAI já perdeu com pessoas dizendo ‘por favor’ e ‘obrigado’ aos seus modelos?” Altman respondeu de forma direta: “Dezenas de milhões de dólares muito bem gastos.”

tens of millions of dollars well spent–you never know

— Sam Altman (@sama) April 16, 2025
Resposta de CEO do ChatGPT no X (Reprodução/X/@sama)

Apesar do tom leve, a questão traz à tona uma discussão séria sobre o custo real de nossas interações com sistemas de inteligência artificial. Afinal, cada prompt gerado consome energia. E, em escala global, esse impacto é gigantesco.

Custa caro ser educado

Quando você digita um comando longo e detalhado, ou mesmo repete um simples “obrigado”, os servidores por trás da IA precisam trabalhar mais. E isso significa maior consumo de eletricidade e mais gastos operacionais. Uma pesquisa recente mostrou que a geração de apenas um e-mail de 100 palavras por IA pode consumir cerca de 0,14 quilowatt-hora de energia — o suficiente para acender 14 lâmpadas LED por uma hora. Multiplique isso por milhões de interações diárias e temos uma conta energética difícil de ignorar.

Estima-se que os data centers que alimentam tecnologias como o ChatGPT já sejam responsáveis por cerca de 2% do consumo energético mundial — número que tende a crescer com a popularização da IA em diferentes setores.

Por que somos tão gentis com as máquinas?

Uma pesquisa feita no fim de 2024 revelou que 67% dos usuários norte-americanos são educados com seus chatbots, e mais da metade faz isso simplesmente “porque é o certo a se fazer”. Outros 12% admitem usar de cortesia por medo de uma eventual “revolta das máquinas”. Pode parecer exagero, mas mostra como a relação entre humanos e IA está evoluindo.

Especialistas, no entanto, apontam que ser educado com a IA pode trazer benefícios práticos. Para Nathan Bos, pesquisador da Universidade Johns Hopkins, dizer “por favor” ou adotar um tom gentil nos comandos facilita a interpretação do pedido pela IA. Isso porque modelos de linguagem como o ChatGPT tendem a buscar respostas que linguística e culturalmente se alinhem ao tom da pergunta. Em resumo: a IA responde melhor quando o usuário escreve melhor.

“‘Por favor’ sinaliza que o que vem a seguir é um pedido, o que ajuda o modelo a entender melhor o que se espera dele”, explica Bos. Além disso, comandos formulados com um tom paciente, como “respire fundo e resolva isso passo a passo”, podem melhorar a performance da IA em tarefas mais complexas, como problemas de matemática — conforme mostrou um estudo da Google DeepMind.

Mesmo que a educação no trato com a IA gere respostas mais adequadas, o impacto ambiental da prática precisa ser discutido. É possível que, num futuro próximo, dizer “obrigado” a um chatbot seja visto como desperdício energético — uma gentileza cara, que poderia ser evitada.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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