A Justiça de São Bernardo do Campo, em São Paulo, determinou o bloqueio das chaves PIX de uma empresa e seus sócios para garantir o pagamento de uma dívida de R$ 4,5 milhões. A decisão procura lidar com a evasão de bens por parte dos devedores.
A ação refere-se a uma indenização por danos morais e materiais, marcando um uso inovador do sistema PIX em execuções judiciais.
A dívida remonta a 2005, quando ocorreu o trânsito em julgado sem possibilidade de recursos. Os devedores, enquanto exibiam estilo de vida elevado nas redes sociais, possuíam poucos bens legalmente registrados, dificultando a cobrança tradicional.
A sentença inclui o bloqueio de veículos, penhora de criptomoedas e inscrição no Serasa, buscando assegurar o pagamento.
Nova ferramenta judicial
O bloqueio das chaves PIX representa uma novidade no contexto judicial. Inicialmente concebido como um sistema de pagamento, o PIX agora é explorado como mecanismo de recuperação de crédito. O volume de ações de execução no Brasil, muitas vezes travado por barreiras, pode ser aliviado por essa abordagem.
A utilização do PIX nesta decisão particular serve como aviso a devedores que utilizam brechas financeiras para evitar responsabilidades legais. Quando esgotadas as medidas convencionais, a justiça agora considera métodos não tradicionais, indicando uma possível tendência em ações futuras.
Efeitos em ações de cobrança
Essa decisão pode influenciar outros casos de inadimplência. Com milhões de processos judiciais em curso, a medida oferece uma nova via para advogados e credores. A expectativa é que as regras endureçam contra aqueles que utilizam dezenas de métodos para evitar compensações financeiras.
Especialistas observam o potencial impacto dessas práticas, interpretando como um passo crítico no combate a inadimplentes.




