A China anunciou a construção de uma nova represa no Tibete, prevista para 2030, que poderá impactar a rotação da Terra. A estrutura consiste em cinco represas em cascata no rio Yarlung Tsangpo, prometendo gerar cerca de 300 bilhões de kWh anuais de energia.
Esse projeto, que tem o potencial de alterar a rotação terrestre devido ao deslocamento de grandes volumes de água, traz novamente à tona discussões sobre os efeitos das ações humanas na dinâmica geofísica do planeta.
Nos anos anteriores, a Barragem das Três Gargantas, também na China, foi capaz de aumentar a duração do dia em 0,06 microssegundos e deslocar o eixo do planeta em 2 centímetros por conta de seu imenso reservatório. Estudos indicam que o acúmulo de água em uma altura elevada pode afetar o momento de inércia da Terra, provocando alterações sutis, mas mensuráveis, em sua rotação.
Impactos ambientais e geofísicos
Os efeitos ambientais e geofísicos de tais construções são complexos. A redistribuição de massa pela contenção de grande volume de água pode ter consequências significativas. Além disso, há também preocupações relacionadas a tremores de terra e à alteração dos ecossistemas locais.
As grandes barragens costumam modificar significativamente o ambiente ao redor, causando alagamentos e a perda de biodiversidade em áreas próximas.
Comunidades locais
As comunidades locais, incluindo áreas do Tibete e regiões como Índia e Bangladesh, manifestam preocupações sobre os impactos socioambientais. Esses países temem alterações no fluxo de água, que podem afetar seus próprios ecossistemas e a disponibilidade de recursos hídricos.
A nova represa faz parte da estratégia da China de transição energética, objetivando reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Embora a energia hidrelétrica seja considerada renovável, a criação de grandes barragens levanta questões sobre a sustentabilidade real dos métodos usados.