Urupema, no alto da Serra Catarinense, voltou a confirmar seu título de cidade mais fria do Brasil nesta quinta-feira (3), ao registrar -4,85°C, segundo dados da Epagri/Ciram. A sensação térmica, porém, foi ainda mais extrema: chegou a -13°C devido aos ventos de até 30 km/h registrados no início da manhã.
A intensa massa de ar polar que avança sobre o Sul do país tem provocado quedas acentuadas de temperatura em diversas regiões, principalmente em Santa Catarina. A previsão da Defesa Civil é de que o frio comece a perder força gradualmente a partir da tarde desta quinta-feira.
Na quarta-feira (2), Bom Jardim da Serra, também em Santa Catarina, foi o município que registrou a menor temperatura do ano até agora: impressionantes -10,4°C, segundo medição feita pela prefeitura local. O cenário era de inverno rigoroso, com vegetação congelada, telhados cobertos de gelo e formação de estalactites.
O recorde anterior era de -8,2°C, registrado em Urupema no dia 24 de junho.
As 5 cidades mais frias de SC nesta semana:
- Bom Jardim da Serra: -10,4°C
- Urupema: -7,8°C
- Urubici: -6,6°C
- São Joaquim: -6,0°C
- Painel: -4,2°C
Além dessas, cidades como Bocaina do Sul (-2,98°C), Bom Retiro (-2,27°C) e Rio Rufino (-1,05°C) também enfrentaram temperaturas negativas.
A frente fria atinge com intensidade toda a Região Sul, mantendo as temperaturas próximas ou abaixo de zero, especialmente nas áreas serranas. Veja como estão as capitais da região:
- Curitiba (PR): máxima de 7°C e mínima de 6°C, com céu nublado e sensação térmica ainda mais baixa.
- Porto Alegre (RS): mínima de 3°C e máxima de 13°C, com sensação térmica próxima dos 10°C.
- Florianópolis (SC): deve ser a capital mais “quente” do Sul, com mínima de 7°C e máxima de 14°C, mas com 64% de chance de chuva.
Alerta para cuidados com populações vulneráveis
Com o frio intenso, autoridades reforçam o alerta para proteção da população vulnerável, como crianças, idosos, moradores de rua e animais de estimação. Também é recomendado evitar exposição prolongada ao frio, manter-se agasalhado e, se possível, aquecer os ambientes internos.
A expectativa é que, com o afastamento gradual da massa de ar polar, as temperaturas comecem a subir lentamente nos próximos dias, trazendo alívio para as regiões mais afetadas pelo frio extremo.