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Cidade misteriosa lotada de ouro pode ser explorada e te deixar rico

Por Pedro Silvini
26/05/2025
Em Geral
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La Rinconada

(Reprodução/Getty Images)

Em uma altitude de 5.100 metros, a cidade de La Rinconada parece um amontoado de barracos metálicos encravados num penhasco gelado — cenário que faz jus ao apelido de “Inferno na Terra”. Quase tudo ali gira em torno de um único objetivo: arrancar o máximo de ouro possível do subsolo. A febre aurífera que começou há décadas segue viva, alimentada pela promessa de enriquecer de um dia para o outro.

Na prática, porém, o trabalho é regido pelo sistema cachorreo: o mineiro labuta semanas sem salário e, no fim do período, recebe permissão para levar para casa o minério que conseguir recolher em poucas horas — uma loteria em que muitos voltam de mãos vazias.

Como não há regulamentação nem fiscalização, toneladas de mercúrio são despejadas diariamente para separar o ouro das rochas. O metal pesado contamina solo, rios e o ar rarefeito, provocando problemas neurológicos e respiratórios. A situação motivou a National Geographic a classificar La Rinconada como “tóxica para a vida humana”.

La Rinconada
La Rinconada – cidade com ouro (Reprodução/Getty Images)

No topo do mundo, o oxigênio disponível corresponde a apenas 60% do nível do mar. Muitos recém–chegados sofrem edema pulmonar ou cerebral; quem permanece desenvolve peculiaridades biológicas, como níveis de hemoglobina fora do padrão. Ainda assim, estima-se que um quarto da população apresente o mal crônico da montanha. A expectativa de vida é de 35 anos, quase a metade da média peruana.

Proibições e dificuldades

Tradições locais barram mulheres nas galerias — diz-se que a “Bela Adormecida”, silhueta de montanha que vigia o povoado, ficaria “com ciúme” e provocaria terremotos se elas tocassem no ouro. Restam-lhes catar restos de minério descartado.

Já os homens enfrentam túneis sem ventilação adequada, risco de desabamento e disputas armadas. Como não existem bancos, o pouco ouro obtido é carregado no corpo ou guardado nas casas: esfaqueamentos e roubos são comuns — outro preço a pagar pela ilusão de riqueza.

Aos 1,3 °C de temperatura média somam-se inexistência de saneamento, coleta de lixo e rede elétrica confiável. Água potável chega em caminhões-pipa, e a comida custa até três vezes mais do que em cidades baixas. Ainda assim, novos aventureiros sobem a serra todos os dias, na esperança de acertar o “grande filão” que mudará suas vidas.

Organizações de saúde alertam para a urgência de políticas públicas: amortizar os impactos do mercúrio, ampliar o acesso a serviços médicos e criar alternativas econômicas fora da mineração. Ambientalistas temem que a contaminação do lago glaciar circundante extrapole fronteiras, afetando ecossistemas andinos e comunidades ribeirinhas a quilômetros dali.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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