Sabendo que a população do mundo não para de crescer, mas que os recursos vão se tornando mais e mais escassos com o passar dos anos, principalmente por causa da crise climática, cientistas estão tentando criar novas formas de alimentação: a comida do futuro.
Como explica matéria do O Globo, a ciência está em busca de alternativas, principalmente para o grupo alimentar das proteínas, já que alimentar a população cada vez maior exigiria um aumento enorme (e talvez impossível) na produção agropecuária. Uma proteína que deve ser mais e mais consumida no futuro é a derivada de insetos, que já é adotada por cerca de dois bilhões de pessoas, principalmente em países asiáticos.
No Brasil, por exemplo, a tanajura é consumida no Nordeste, Norte, Centro-Oeste e partes de Minas Gerais.

Por que insetos podem ser a “comida do futuro”?
Como explica Elaine Soares, doutora em Entomologia e professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), uma das vantagens dos insetos como fonte de proteína é que eles precisam de muito menos espaço, tempo e água para serem produzidos. Confira a comparação feita por Soares em entrevista ao O Globo:
Um quilo de inseto | Um quilo de vaca | |
Metros quadrados necessários para criação | 18 | 198 |
Uma grama de proteína de inseto | Uma grama de proteína de vaca | |
Litros de água necessários | 23 | 112 |
Além de tudo isso, várias espécies de insetos também são muito ricas em proteínas, gorduras boas, vitaminas, fibras e minerais, destaca Fabíola Dorneles Inácio, bióloga e professora do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Inácio coordena um projeto no IFPR de criação de insetos para alimentação.