O aquecimento global ameaça transformar o planeta Terra em um local inabitável até 2100. Segundo o meteorologista Carlos Nobre em entrevista ao programa “Roda Viva” na noite da última segunda-feira (13), se a temperatura global exceder 2 °C, mudanças irreversíveis ocorrerão, impactando entre 50% e 70% da Amazônia.
Nobre ressaltou que a liberação de metano do permafrost descongelante, nas regiões da Sibéria e do Alasca, contribui significativamente para o aquecimento global. Este gás possui poder de aquecimento 28 vezes superior ao de dióxido de carbono.
Tais transformações apontam para um colapso ambiental, especialmente em ecossistemas marinhos e terrestres, como os recifes de corais, já severamente afetados.
Caminho rumo ao colapso climático
Sem uma drástica redução nas emissões, é provável que até 2050 a Terra experimente um aumento de temperatura que exceda 2 °C. Este cenário agravaria o degelo do permafrost, levando à liberação maciça de gases de efeito estufa.
Os recifes de corais e a Amazônia estariam particularmente em risco, com a floresta enfrentando a possibilidade de transformação em savana devido ao desmatamento contínuo e à elevação das temperaturas.
A dependência das atividades humanas, como o uso de combustíveis fósseis e o desmatamento, intensifica o aquecimento global. Estas ações não apenas afetam diretamente os biomas críticos, mas também comprometem a sobrevivência humana ao alterar o equilíbrio climático global.
Diante deste panorama, a implementação de energias renováveis e políticas de conservação se torna urgente. As alternativas incluem a expansão de energias sustentáveis e práticas agrícolas responsáveis.