A Coreia do Sul deu um passo importante na inovação energética ao implementar um sistema que promete transformar o armazenamento de energia. Pesquisadores do Instituto Coreano de Máquinas e Materiais (KIMM) iniciaram, recentemente, a estocagem diária de 10 toneladas de ar líquido.
Este método aproveita o excedente de eletricidade para liquefazer o ar, que é então reconvertido em energia conforme a necessidade. A tecnologia busca atender à crescente demanda energética e aproveitar energia de fontes renováveis de forma eficiente.
Tecnologia de armazenamento sem fronteiras
O processo baseia-se no resfriamento do ar até que atinja o estado líquido. Este ar liquefeito é armazenado em tanques especiais. Quando há necessidade de eletricidade, o ar é reaquecido, gerando pressão para mover turbinas e gerar energia.
Diferente de instalações como usinas hidrelétricas, que dependem de localizações específicas, esta tecnologia pode ser implementada em qualquer lugar, tornando-se uma solução versátil para regiões sem grandes recursos hídricos ou que não comportam baterias de íon-lítio.
Desafios
Apesar de não ser uma novidade conceitual, a implementação em larga escala na Coreia do Sul representa um avanço significativo. O principal desafio é o custo elevado de instalação e manutenção destes sistemas.
No entanto, o método oferece uma forma de estabilizar a oferta de energia, sobretudo em períodos de baixa geração renovável. Isso permite que a energia de fontes intermitentes se torne um recurso consistente, essencial para um futuro mais sustentável.
Diversos países estão avaliando tecnologias semelhantes. O Reino Unido, por exemplo, está desenvolvendo projetos com apoio governamental e do setor privado para armazenamento em ar líquido. Este interesse crescente está alinhado com estratégias globais de descarbonização, onde soluções como esta desempenham um papel central.