A exploração de hélio-3 na Lua pode redefinir o panorama energético e tecnológico da Terra. Estima-se que a superfície lunar possua cerca de 1,1 milhão de toneladas métricas desse isótopo, o que despertou o interesse de diversas entidades.
Entre elas, a startup americana Interlune, que tem projetos significativos para a mineração desse recurso. Em 2027, a empresa planeja iniciar missões para coletar amostras de solo lunar e analisar a viabilidade da extração em larga escala.
Nova corrida espacial
Diferentes atores estão participando dessa corrida lunar. A Interlune, por exemplo, já garantiu cerca de US$ 18 milhões em financiamento para suas operações futuras. A empresa tem como objetivo estabelecer uma planta piloto até 2029.
Além disso, governos, como o da China, também demonstram interesse, planejando estabelecer bases permanentes na Lua nos próximos anos para explorar o potencial do hélio-3.
Impactos energéticos
O hélio-3 é um recurso valioso por suas aplicações em fusão nuclear limpa, sem resíduos radioativos, e em computação quântica, devido às suas propriedades de resfriamento. Tecnologias de fusão que utilizam hélio-3 ainda estão em desenvolvimento, mas as promessas são vastas, com capacidade de suprir energia de forma quase ilimitada.
Desafios da mineração
Mineração de hélio-3 apresenta desafios técnicos e logísticos consideráveis. As dificuldades incluem a necessidade de desenvolver equipamentos exclusivos para extração do regolito lunar, além de criar infraestruturas adequadas para operações espaciais prolongadas.
A viabilidade econômica depende ainda de soluções para transportar eficientemente o material até a Terra.




