A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais desenvolvida e os cientistas estão conseguindo descobrir feitos jamais encontrados, com o uso dessa nova tecnologia. Desta vez, a novidade foi um artigo publicado na revista Nature Communications, no qual pesquisadores da Universidade Brown, nos EUA, e da Universidade de Berna, na Suíça, encontraram pistas sobre a presença de água líquida em Marte.
Para isso, a IA foi responsável por analisar mais de 86 mil imagens de satélite do planeta. Com detalhes precisos, foi possível concluir que as faixas escuras vistas em encostas e crateras marcianas, não foram causadas pela água, mas sim por um processo seco relacionado ao vento e à poeira, contraindo diversos estudos publicados que acreditavam que tinham sido causadas por fluxos de água salgada.
Mais detalhes de como IA identificou se teve água em Marte ou não
Vários estudos apresentaram a teoria de que as marcas escorrendo por morros e paredes de crateras poderiam ter sido causadas pela água. Chamadas de “linhas de declive recorrentes” (RSLs, na sigla em inglês), elas aparecem nas imagens captadas e ficam mais visíveis durante a época mais quente do planeta, o que reforçava a hipótese do fluxo líquido.
Com estudos mais recentes, os cientistas apresentaram uma visão alternativa e, com auxílio de um algoritmo de aprendizado de máquina, a IA conseguiu identificar automaticamente as marcas nas imagens. Dessa forma, os cientistas puderam cruzar informações com variáveis como temperatura, umidade, ventos e presença de poeira. Com esses resultados, novamente foi descartado a possibilidade de ser encontrado algum tipo de vida, permitindo que a NASA possa explorar lugares dessa região.
O órgão evitava, por questão de segurança, se aproximar de locais “úmidos” para não levar micróbios da Terra e contaminar o ambiente marciano.