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Cientistas já soaram o alarme: esta praia brasileira está sumindo com o passar do tempo

Por Pedro Silvini
24/09/2025
Em Geral
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Praia de Atafona

(Reprodução/São João da Barra)

A cada maré alta, o mar avança sobre ruas, casas e memórias em Atafona, distrito de São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro. O fenômeno já destruiu mais de 500 imóveis, expulsou ao menos 2 mil moradores e é considerado por especialistas uma das erosões costeiras mais graves do Brasil.

O avanço do Atlântico começou a ser registrado na década de 1950 e nunca mais cessou. Hoje, a média é de três metros de terra perdidos por ano. Se nada for feito, parte considerável da área urbana pode desaparecer em menos de 30 anos.

O cenário é de destruição: clubes que sediaram bailes da elite fluminense nos anos 1970 estão em ruínas e ruas inteiras terminam abruptamente em barrancos. Para muitos moradores, deixar o local não é opção. “Coloquei tapumes porque queria continuar aqui mais um tempo. Fico até o mar ocupar tudo de vez”, contou a moradora Sônia Ferreira.

Causas do desastre

A erosão em Atafona é resultado de fatores combinados:

  • Mudanças climáticas, com aumento do nível do mar e ressacas;
  • Barragens no Rio Paraíba do Sul, que reduziram o fluxo de sedimentos;
  • Assoreamento da foz;
  • Desmatamento das margens do rio;
  • Ocupação desordenada da orla.

Impacto social e cultural

Além da perda física, a comunidade sofre com a crise da pesca artesanal, base econômica local. O assoreamento dificulta a saída de barcos e ameaça a sobrevivência de famílias de pescadores. A identidade cultural também se desfaz: a praia, que já foi destino turístico nos anos 1970, hoje acumula ruínas e lembranças.

Entre as propostas discutidas estão a construção de barreiras artificiais, aterros hidráulicos e a recuperação de manguezais. Mas todas esbarram em altos custos e questões ambientais. Segundo a prefeita Carla Machado, “o município não tem como arcar sozinho com isso”.

Pesquisadores defendem um plano nacional de enfrentamento da erosão costeira. “A causa é multifatorial. As soluções também terão que ser”, afirma o professor Gilberto Pessanha Ribeiro, da Unifesp.

Cientistas já soaram o alarme: esta praia brasileira está sumindo com o passar do tempo

Em agosto, uma ressaca atingiu novamente Atafona, interditando casas e obrigando famílias a aderirem ao aluguel social. A prefeitura anunciou a publicação de um edital de licitação para contratar estudos técnicos de contenção do mar.

Enquanto isso, entidades como a SOS Atafona articulam apoio junto ao governo federal. “Agora temos uma luz no fim do túnel”, disse Camila Hissa, representante da associação.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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