A renda dos trabalhadores autônomos no Brasil está em alta. No segundo trimestre de 2025, a remuneração média desses profissionais cresceu 5,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse aumento contrasta com o crescimento de apenas 2,3% nos salários dos trabalhadores com carteira assinada.
O contexto econômico do Brasil, juntamente com as novas tendências de trabalho, contribui para essa mudança no mercado.
Um fator central para essa disparidade é a flexibilidade oferecida pelo trabalho autônomo. Muitos brasileiros estão optando por abandonar empregos formais para se tornarem trabalhadores por conta própria, atraídos pela possibilidade de controlar suas rotinas e pela chance de ganhos financeiros mais rápidos.
O crescimento das plataformas digitais de trabalho e a crescente demanda por serviços de transporte e entregas por aplicativos representam uma contribuição significativa para essa tendência.
Avanço dos autônomos
O mercado informal vem apresentando resultados expressivos. Em 2021, os salários de trabalhadores com carteira assinada superavam os dos autônomos em 25%, porcentagem que caiu para 7,3% em 2025. Isso se deve, principalmente, às novas oportunidades nos setores de prestação de serviços, tecnologia e microempreendedores individuais.
O aumento de renda é mais visível entre jovens adultos de 25 a 39 anos, que tendem a se adaptar mais rapidamente às novas formas de trabalho, como aplicativos de serviços. Trabalhadores mais velhos e aqueles com ensino superior, no entanto, registraram incrementos mais modestos.
Apesar do crescimento na renda dos autônomos, existem preocupações sobre sua segurança a longo prazo. Muitos desses trabalhadores não dispõem da mesma proteção previdenciária oferecida aos empregados formais.
O regime especial do Microempreendedor Individual (MEI) fornece uma maneira acessível de formalização e oferece direitos e benefícios aos trabalhadores.