Nesta semana, a empresa engarrafadora da Coca-Cola na Bélgica precisou recolher “uma quantidade considerável” de produtos na Europa, após ter sido identificado que nos produtos, existia uma alta concentração de clorato. Substância derivada da água sanitária, ou hipoclorito de sódio é usado para desinfecção da água. Esse método é usado pela empresa como forma de inativação dos microrganismos para o líquido ser reutilizado nas indústrias, colaborando para minimizar recursos e danos ambientais.
Apesar de ser associado para limpeza, essa formação de clorato na água é comum nas indústrias alimentícias e de bebidas, mas é fundamental que seja usada em um nível seguro. Essa substância em altos níveis significa que algum erro foi cometido na fabricação, implicando na qualidade do produto. De acordo com o comunicado emitido pela empresa, foram retiradas latas retornáveis e garrafas de vidro de Coca-Cola, Sprite, Fanta, Fuze Tea, Minute Maid, Nalu, Royal Bliss e Tropico, em circulação desde novembro.
“A maioria dos produtos afetados e não vendidos já foi retirada das lojas e continuamos tomando medidas para retirar os produtos que permanecem no mercado”, afirmou a Coca-Cola.
Quais os riscos do clorato em humanos?
De acordo com os órgãos oficiais, a concentração permitida de clorato é de 0,01 mg/kg para todos os produtos alimentícios da Europa, onde aconteceu o recolhimento dos lotes da Coca-Cola. Aqui, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu o limite de 0,7 mg/L, em 2021. Quando em excesso no organismo, o claro pode afetar a tireoide e a hemoglobina.
Para crianças e bebês o risco é ainda maior, pois é considerado qualquer valor um nível de alta concentração, segundo os órgãos oficiais. Vale ressaltar que o consumo a longo prazo pode gerar acúmulo da composição química e gerar sérios problemas de saúde.