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Confirmado: Ciro Gomes deverá ser o nome da direita contra o PT em 2026

Por Pedro Silvini
23/10/2025
Em Geral
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Ciro Gomes

(Reprodução/Agência Brasil)

O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes oficializou, nesta quarta-feira (22), sua filiação ao PSDB, marcando retorno ao partido quase três décadas depois de tê-lo deixado. O evento, realizado em Fortaleza, reuniu lideranças tucanas e também nomes ligados ao bolsonarismo, como o ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil) e o deputado federal André Fernandes (PL-CE), sinalizando um reposicionamento político que pode colocar Ciro como o principal nome da direita moderada contra o PT nas eleições de 2026.

Durante o ato, o público o saudou com gritos de “nosso governador”, mas Ciro evitou confirmar se disputará o governo do Ceará ou se voltará a mirar o Palácio do Planalto. Segundo aliados, a decisão será tomada com base em pesquisas eleitorais e na movimentação de possíveis candidatos do campo conservador, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo.

“Se o juízo mandasse em mim, eu nunca mais seria candidato a nada. Mas o juízo é pouco aqui. Quem manda aqui é o coração”, disse Ciro, em tom conciliador, ao anunciar “um novo ciclo” de sua vida pública.

Apesar de negar ser bolsonarista, Ciro vem estreitando laços com setores da direita e do centro liberal, após anos de críticas duras ao PT e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No evento, ele recebeu elogios de André Fernandes (PL), que o descreveu como “inteligente e corajoso” e “um grande nome para o futuro do país”.

A presença de aliados de Jair Bolsonaro, somada ao apoio do presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirma que o partido pretende lançar Ciro ao governo do Ceará com o apoio do PL e de partidos de oposição ao PT. “O objetivo é unificar o campo da direita e do centro em torno de um nome competitivo no estado”, afirmou Perillo.

No entanto, dentro do PSDB e entre estrategistas da oposição, cresce a avaliação de que Ciro pode ser a alternativa nacional caso a direita tradicional não encontre uma liderança capaz de disputar com Lula ou seu sucessor.

Estratégia nacional em estudo

Fontes próximas ao ex-ministro afirmam que Ciro tem monitorado o cenário nacional e acredita que uma fragmentação da oposição pode abrir espaço para um nome com forte recall eleitoral — vantagem que ele ainda mantém após quatro campanhas presidenciais.

“Se o quadro permitir, Ciro não descarta disputar novamente a Presidência”, disse um aliado ao jornal O Estado de S. Paulo. Entre as hipóteses estudadas estão uma candidatura direta ao Planalto ou, em cenário alternativo, uma composição como vice em uma chapa ampla da direita.

Nos bastidores, porém, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmam que uma aliança com Ciro só seria possível caso o clã Bolsonaro aceitasse abrir mão de ter um nome próprio na chapa — hipótese hoje considerada improvável.

Em discurso, Ciro atacou duramente o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o ministro da Educação, Camilo Santana, ambos aliados de Lula. “Vamos discutir, Camilo Santana. Vou tirar sua máscara”, declarou, em tom provocativo.

O ex-governador acusou o PT de usar a popularidade de Lula para “impor candidatos sem preparo” no estado. “O Lula vem aqui, diz ‘vote em tal’, e o povo iludido vota em desconhecido, pau mandado e frouxo para governar o Ceará”, disparou.

Ao mesmo tempo, ele buscou suavizar o tom e defender uma união pragmática entre antigos adversários. “É muito fácil se alinhar com quem pensa igual. O difícil é trabalhar as diferenças. Estamos aqui por espírito público, não por ideologia”, disse.

O retorno ao PSDB

Ciro voltou ao PSDB, partido pelo qual foi governador do Ceará entre 1991 e 1994, em um movimento visto como simbólico e estratégico. A filiação ocorre no momento em que o partido tenta reconstruir sua identidade após anos de crise interna e perda de protagonismo nacional.

A cerimônia contou com a presença do ex-senador Tasso Jereissati, que representou a cúpula tucana. Segundo Marconi Perillo, a ausência de outros líderes nacionais ocorreu “por questões de agenda”, mas a filiação de Ciro foi “integralmente apoiada pela direção nacional”.

Com o gesto, Ciro Gomes se recoloca no tabuleiro da sucessão de 2026 — e, pela primeira vez, não como um nome da centro-esquerda, mas como um potencial líder da oposição liberal-conservadora ao governo petista.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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