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Conheça a cidade em que é PROIBIDO morrer

Por Pedro Silvini
28/06/2025
Em Geral
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cidade proibida de morrer

(Reprodução/Shutterstock)

Imagine viver em um lugar onde o sol desaparece por até quatro meses seguidos, ursos polares rondam os arredores e o frio pode chegar a −46 °C. Agora, imagine também que, nesse lugar, você não pode morrer — ou pelo menos, não deveria. Esse lugar existe e se chama Longyearbyen, a cidade mais ao norte do planeta, localizada no arquipélago norueguês de Svalbard, no Círculo Polar Ártico.

Longyearbyen tem cerca de 2.100 habitantes e é conhecida por suas condições extremas de clima, isolamento e pela lei incomum que desencoraja mortes dentro dos limites da cidade. E não, não é apenas uma curiosidade exótica — essa proibição tem fundamentos científicos, ambientais e históricos.

Por que é proibido morrer em Longyearbyen?

Ao contrário do que o senso comum pode sugerir, não existe uma proibição punitiva sobre o ato de morrer. O que acontece é que, por razões sanitárias e ambientais, o município desencoraja fortemente que pessoas em estado terminal permaneçam ali.

A explicação está no permafrost, o solo permanentemente congelado da região. Ele torna o sepultamento convencional inviável, pois é quase impossível cavar túmulos profundos. E mesmo que fosse possível, os corpos não se decompõem — permanecem praticamente intactos por décadas.

O caso mais emblemático ocorreu na década de 1950, quando cientistas exumaram vítimas da gripe espanhola de 1918. Para espanto geral, os corpos estavam preservados, e ainda havia vírus ativos nas amostras. Isso levantou um alerta global sobre os riscos de reinfecção por doenças do passado, preservadas no gelo.

O que acontece se alguém estiver morrendo?

Se um morador de Longyearbyen adoecer gravemente ou for diagnosticado com uma doença terminal, ele é orientado a deixar a cidade o quanto antes e buscar tratamento em outras regiões da Noruega. O mesmo vale para idosos que se aproximam do fim da vida: há um consenso prático e cultural de que a morte não deve ocorrer na cidade.

Por conta disso, Longyearbyen não possui estrutura adequada de hospitais ou funerárias. O único pequeno cemitério local não é mais utilizado para novos sepultamentos, exatamente por causa do risco sanitário e da inviabilidade do processo.

A cidade é tão peculiar que vivenciar a morte lá virou um tabu logístico e médico. Para além da excentricidade, essa política é uma medida preventiva. A ideia é proteger os vivos, evitando riscos biológicos e respeitando os limites impostos por um ambiente hostil.

Mesmo assim, a cidade continua atraindo turistas e pesquisadores, muitos dos quais encantados com as auroras boreais, o isolamento extremo e as curiosidades de viver no Ártico.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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