Popular entre os adeptos do mundinho fitness, a creatina é uma substância composta por aminoácidos, usada como suplemento. A promessa é que a substância vai impulsionar o resultado dos seus treinos, dando mais energia para as suas células musculares, melhorando a força e o tônus muscular. Mas um estudo recente questionou a eficiência do suplemento.
Publicado em março na revista científica Nutrients, o estudo acompanhou 54 adultos saudáveis, de idades entre 18 e 50 anos, por três meses de treinos supervisionados. Depois de três meses com três sessões semanais de musculação, quem tomou e quem não tomou a creatina teve o mesmo aumento médio de massa corporal magra: dois quilos.
“Creatina é divulgado como o suplemento nutricional ergogênico mais eficaz para aumentar capacidade de exercício de alta intensidade e massa magra durante o treinamento. Em contraste com descobertas anteriores, os resultados deste estudo mostraram que o creatina não teve efeito aditivo nas alterações de massa magra corporal quando combinado com treino de resistência”, concluiu o estudo australiano.
Então por que estudos anteriores atribuíam efeitos positivos à creatina?
Mandy Hagstrom, autora sênior do estudo e fisiologista do exercício na Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, especulou que os resultados podem ter sido superestimados e apontou um problema na metodologia das pesquisas: que elas “não isolavam os efeitos da creatina dos efeitos do próprio treino”, explica a Revista Oeste.
Vale destacar que, antes dos treinos, os voluntários começaram a tomar creatina uma semana antes. Nessa fase, quem tomou o suplemento teve um ganho maior de massa magra, mas, depois dos exercícios, os resultados se igualaram aos de quem não estava tomando o suplemento.
			
                


