Nos Estados Unidos, o caso do menino Liam Dahlberg chamou a atenção da mídia. O menino de oito anos, de Indiana, teve dores de cabeça, um sintoma muito corriqueiro para a maioria das pessoas, mas que na verdade era sinal de uma infecção bacteriana rara. Menos de 24 horas depois de se queixar, o menino infelizmente veio a óbito.
Em abril, Liam tinha voltado da escola e reclamado com a mãe, Ahslee, de uma dor de cabeça. Na manhã seguinte, ela percebeu uma piora dos sintomas do filho e correu com ele para o hospital, onde foi diagnosticado com uma infecção causada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib), conhecida por sua letalidade. Também descobriram que a bactéria já havia atingido o cérebro e a medula espinhal do menino, o que significava que, infelizmente, não havia mais nada a ser feito.
“Estava sentada ali, ouvindo os médicos dizerem: ‘Vocês fizeram tudo certo, não havia nada que pudéssemos fazer’. Deitada ali com ele enquanto desligavam os aparelhos de suporte à vida, consigo sentir seu pequeno batimento cardíaco sumir. Não há palavras que possam descrever essa dor”, relatou a mãe em entrevista à emissora local 13WMAZ.
Haemophilus influenzae tipo b (Hib)
Bactérias desse tipo são transmitidas como a maioria das bactérias ou vírus comuns: através do espirro, tosse ou toque de pessoas infectadas. A do tipo b tende a causar infecções mais graves. “Em crianças, o Hib pode se disseminar pela corrente sanguínea (causando bacteremia) e infectar articulações, ossos, pulmões, pele do rosto e pescoço, olhos, trato urinário e outros órgãos”, explica o Manual MSD.
Existe uma vacina contra essa doença. No SUS, ela é parte da vacina pentavalente – oferecida de forma gratuita pelo SUS -, que também protege contra tétano, coqueluche, hepatite B e difteria.