O depósito de minério de ferro Simandou, localizado na Guiné, está prestes a iniciar operações de produção comercial no final de 2025. Com reservas estimadas em 4 bilhões de toneladas, é um dos maiores depósitos inexplorados do mundo, apresentando um teor médio de 65% de ferro.
Essas características posicionam Simandou como um desafio direto para gigantes do setor, como Vale, BHP e Rio Tinto. Este projeto representa um avanço estratégico para empresas chinesas, que participam do empreendimento, buscando maior controle sobre o mercado global de minério de ferro.
Ascensão após décadas
Originalmente explorado na década de 1950, Simandou permaneceu inativo por décadas devido a obstáculos políticos e econômicos. Recentemente, avanços significativos na infraestrutura, como a construção de uma ferrovia e um porto, viabilizaram a extração e exportação do minério.
Esses desenvolvimentos foram cruciais para atender a demanda chinesa, que visa reduzir sua dependência dos exportadores tradicionais de minério de ferro.
Mercado global
A expectativa é que, uma vez em pleno funcionamento, Simandou possa aumentar a oferta global de minério de ferro em cerca de 8-9%. Essa mudança deverá impactar os preços da commodity, oferecendo uma alternativa mais econômica às mineradoras tradicionais.
Com isso, a China poderá exercer maior controle sobre o mercado, fortalecendo sua estratégia de longo prazo em recursos naturais.
Perspectivas para a Guiné
O projeto em Simandou é considerado o maior investimento em mineração na África, avaliado em aproximadamente US$ 20 bilhões. Além da extração de minério, a infraestrutura desenvolvida promete impulsionar o crescimento econômico da Guiné, potencialmente elevando o país ao status de um dos principais exportadores de minério de ferro no continente.
O primeiro carregamento está previsto para novembro de 2025, marcando uma nova era no cenário internacional de mineração.




