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Cuidado: esse remédio para o coração pode aumentar risco de ataque cardíaco

Por Pedro Silvini
04/09/2025
Em Geral
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Remédio

(Reprodução/IStock)

Um dos medicamentos mais receitados no mundo após um ataque cardíaco, os betabloqueadores, pode não trazer os benefícios esperados para todos os pacientes.

Duas pesquisas apresentadas no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia 2025, em Madrid, e publicadas no New England Journal of Medicine e no European Heart Journal, colocam em dúvida a indicação universal do fármaco.

O grande estudo REBOOT, que acompanhou 8.400 pacientes na Espanha e na Itália por quase quatro anos, não encontrou diferença significativa entre quem tomou betabloqueador e quem não usou o remédio — em termos de mortes, novos ataques cardíacos ou internações por insuficiência cardíaca.

Risco maior para mulheres

Uma análise específica do grupo de mulheres do estudo trouxe um alerta ainda mais grave: aquelas com função cardíaca preservada (fração de ejeção acima de 50%) tiveram risco até três vezes maior de morrer, além de maior probabilidade de internação e de novo infarto, em comparação às que não usaram o medicamento.

“Essas descobertas vão mudar diretrizes internacionais e reforçam a necessidade de uma abordagem específica para homens e mulheres”, afirmou o cardiologista Valentín Fuster, do Mount Sinai Fuster Heart Hospital, em Nova York.

Especialistas explicam que a discrepância pode estar relacionada a características anatômicas e fisiológicas. Mulheres costumam ter corações menores, são mais sensíveis a medicamentos para pressão arterial e podem manifestar sintomas de infarto de forma diferente — como dor nas costas, falta de ar e indigestão, em vez da clássica dor no peito.

Para os homens, por outro lado, os estudos não apontaram aumento de risco associado ao uso do medicamento.

Estudos ainda dividem opiniões

Outro ensaio clínico, o BETAMI-DANBLOCK, realizado com mais de 5.000 pacientes, mostrou resultados distintos: quem usou betabloqueador após o infarto apresentou menos novos ataques cardíacos ao longo de três anos e meio. No entanto, a pesquisa não encontrou impacto nas taxas de mortalidade ou insuficiência cardíaca.

O que fazer agora?

Médicos reforçam que, apesar das evidências recentes, os betabloqueadores continuam sendo indicados para pacientes com fração de ejeção reduzida (abaixo de 40%), pois nesses casos ajudam a prevenir arritmias fatais.

“Esses medicamentos podem causar efeitos colaterais como queda de pressão, fadiga, disfunção erétil e alterações de humor. O uso deve sempre ser avaliado caso a caso, considerando riscos e benefícios”, explica o cardiologista Andrew Freeman, do National Jewish Health, em Denver.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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