Entre 2013 e 2023, as matrículas dos cursos EAD (Ensino a Distância) cresceram 326% durante esse período, de acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, do Semesp. Pensando no crescimento desse mercado, o governo está aumentando os esforços para regularizar esses cursos.
Nesta segunda-feira (19), o presidente Lula assinou um decreto com a Nova Política de Educação à Distância. Esse decreto estabelece que nenhum curso pode ser 100% presencial e as seguintes graduações precisam ser oferecidas exclusivamente em formato presencial:
- Medicina;
- Enfermagem;
- Odontologia;
- Psicologia;
- Direito.
“Acreditamos que a EaD pode proporcionar ao estudante uma experiência tão rica quanto a dos demais cursos, desde que haja um efetivo compromisso de todos com o processo de ensino e aprendizagem”, declarou o ministro da Educação, Camilo Santana.
“O foco é o estudante e a valorização dos professores: a garantia de infraestrutura nos polos, a qualificação do corpo docente, a valorização da interação e a mediação para uma formação rica e integral, independentemente da distância física”, afirmou o ministro.
Cursos EAD terão que ser parcialmente presenciais
Segundo a nova política do Ministério da Educação, os cursos EAD vão precisar ter, no mínimo, 20% de atividades presenciais e/ou síncronas mediadas, com provas presenciais.
Confira as definições dos tipos de atividades:
- Atividades presenciais: realizada com a participação física do estudante e do docente em lugar e tempo coincidentes;
- Atividades assíncronas: atividade de EaD na qual o estudante e o docente estejam em lugares e tempos diversos;
- Atividades síncronas: atividade de EaD na qual o estudante e o docente estejam em lugares diversos e tempo coincidente;
- Atividades síncronas mediadas: atividades interativas, com grupo reduzido de estudantes, apoio pedagógico e controle de frequência.