Na sexta-feira passada (28/3), um terremoto de magnitude 7,7 (considerado forte) atingiu o centro de Mianmar, país do sudeste asiático. No domingo (30), outro terremoto, dessa vez de magnitude 5,1, atingiu o país. O epicentro foi em Mandalay, a segunda maior cidade de Mianmar. O desastre deixou mais de três mil mortos, segundo um balanço divulgado pela junta militar que governa o país na última terça.
São:
- 3.085 mortos;
- 341 desaparecidos;
- 4.715 feridos.
E os efeitos dos terremotos continuam sendo sentidos pela população. O brasileiro Diogo Alcântara, que vive no país asiático, contou ao g1 que a sua região tem direito a apenas quatro horas de água e energia por dia. Além disso, os habitantes já estão se preparando para o aumento da inflação sobre alimentos e produtos básicos nas próximas semanas, devido ao desabastecimento provocado pelos terremotos.
“O estoque (de alimentos) vai acabar. O terremoto ocorre em um momento em que as coisas não estavam estáveis. Na guerra civil, o conflito em si já vinha escalando. E países têm investido menos em ajuda humanitária em geral”, explicou Alcântara.
Desde 2021, Mianmar vive uma guerra civil após um golpe militar em 2021. Uma junta militar governa o país, mas vive em intensos conflitos contra grupos rebeldes armados que tentam derrubar o governo.
Terremoto em Mianmar foi sentido na Tailândia
O tremo de magnitude 7,7 que atingiu o país foi sentido em países vizinhos, como Tailândia e China. Na capital tailandesa, Bangkok, que fica a mais de mil km do epicentro, um edifício alto desabou após o tremor. Matéria da BBC explica que, em parte, o motivo do terremoto ter sido sentido tão longe é que ele foi aconteceu a uma profundidade pequena, de apenas 10 km, o que aumenta a quantidade de tremores.