Localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, o asteroide Psyche 16 tem atraído atenção internacional por seu potencial econômico sem precedentes. Com aproximadamente 226 quilômetros de diâmetro — dimensão comparável à da cidade do Rio de Janeiro — o corpo celeste se destaca no Cinturão de Asteroides por sua composição quase inteiramente metálica.
Estimativas indicam que o Psyche 16 concentra cerca de 10 mil toneladas de ouro e 100 mil toneladas de platina. Avaliado em aproximadamente 700 trilhões de dólares, seu valor supera em sete vezes o Produto Interno Bruto (PIB) global somado, segundo cálculos divulgados pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Origem
Descoberto em 1852 pelo astrônomo italiano Annibale de Gasparis, o Psyche 16 só teve sua composição identificada com maior precisão nas últimas décadas.
Ao contrário da maioria dos asteroides, que possuem estrutura predominantemente rochosa ou gelada, o Psyche apresenta uma composição metálica densa, considerada única entre os corpos catalogados no Sistema Solar.
Missão da NASA
A NASA lançou em 2023 a missão Psyche, cujo objetivo é estudar o asteroide em detalhe. A sonda deve alcançar o destino em 2029, dando início a uma campanha de dois anos dedicada ao mapeamento de sua composição e à validação de tecnologias voltadas à mineração espacial.
Especialistas advertem para possíveis impactos no mercado global de metais preciosos. Estudos indicam que a introdução em larga escala de elementos como ouro e platina pode comprometer seu valor, que depende, em grande parte, da escassez.
Além da NASA, empresas privadas como a SpaceX, liderada por Elon Musk, demonstram interesse nas riquezas do Psyche 16. A mobilização do setor aeroespacial levanta debates sobre regulamentação da mineração fora da Terra e sobre os critérios para a distribuição dos recursos extraídos.