Aplicativos espiões, conhecidos como spywares, estão cada vez mais sofisticados e conseguem se camuflar nos celulares, dificultando a identificação e permitindo que monitorem as vítimas por longos períodos. Esses programas podem gravar áudios e vídeos, roubar senhas bancárias, capturar fotos e rastrear sua localização em tempo real – tudo sem o conhecimento do usuário.
De acordo com analistas de segurança, esses aplicativos não só ameaçam a privacidade, mas também podem levar a crimes como extorsão, fraude financeira e roubo de identidade.
Embora sejam criados para se manter invisíveis, spywares deixam alguns sinais. Entre os mais comuns:
- Bateria descarregando rapidamente mesmo com pouco uso.
- Celular superaquecendo ou reiniciando sozinho.
- Lentidão e travamentos frequentes em tarefas simples.
- Pop-ups e anúncios invasivos que aparecem sem motivo.
- Alterações inesperadas nas configurações ou presença de aplicativos desconhecidos.
- Consumo anormal de dados móveis sem explicação.
- Mensagens estranhas ou códigos via SMS e e-mail, muitas vezes fingindo ser de contatos ou empresas confiáveis.
Esses sinais podem indicar outros problemas técnicos, mas, se vários deles ocorrem ao mesmo tempo, há grandes chances de o aparelho estar sendo monitorado.
Exemplos recentes de spywares perigosos
Nos últimos anos, várias ameaças ganharam destaque de acordo com a Kaspersky:
- RatMilad (2022): distribuído por meio de aplicativos falsos no Telegram, espionava conversas e roubava informações pessoais.
- FurBall (2022): usado em campanhas de vigilância contra cidadãos iranianos, espalhado por sites falsos que imitavam páginas legítimas.
- PhoneSpy (2021): disfarçado como apps de yoga e streaming, infectou mais de 1.000 dispositivos Android na Coreia do Sul.
- GravityRAT (2020): espionava turistas e militares na Índia, usando aplicativos modificados baixados fora da Play Store.
Em todos os casos, os apps não estavam disponíveis na Google Play Store, mas circulavam em sites, redes sociais e links suspeitos enviados por mensagem.
Como remover e se proteger?
- Verifique a lista de aplicativos instalados (em “Configurações”) e desinstale qualquer app desconhecido.
- Reinicie o celular em modo de segurança para excluir programas maliciosos que se reinstalam.
- Use ferramentas antivírus confiáveis para escanear o sistema.
- Evite baixar apps fora de lojas oficiais (Google Play e App Store).
- Não clique em links suspeitos enviados por SMS, e-mail ou redes sociais.
- Mantenha o sistema e apps atualizados, pois atualizações corrigem brechas de segurança.
Para usuários que desconfiam de espionagem, o ideal é restaurar o aparelho para as configurações de fábrica e alterar senhas de e-mails, bancos e redes sociais imediatamente.