Mas calma: a notícia não é tão boa quanto parece. Na semana passada, viralizou nas redes sociais um corte do Jornal Nacional noticiando uma suposta queda no preço da picanha, que estava saindo por R$ 39,99 por quilo em. Mas o vídeo que viralizou na web não mostra que a reportagem se tratava do preço de um mercado em São Paulo especializado em vender produtos perto do vencimento.
A reportagem de Graziela Azevedo mostra que esse mercado em Vargem Grande Paulista consegue vender produtos até 90% mais baratos. Vale destacar que, apesar dos produtos estarem perto da data de vencimento, eles não estão fora do prazo. São os chamados “FIFOs” – derivados do inglês “First In/First Out”.
“O dia da picanha foi o dia que nós vendemos uma tonelada de picanha a R$ 39,99. Nossa, foi uma loucura nessa loja”, comentou o dono de mercado, Glauber Bonfim, na matéria do JN.
Esse modelo de mercado vem se popularizando. Também existe um mercado em Belo Horizonte, Minas Gerais, que só vende FIFOs.
“Os consumidores vão conseguir ter acesso àqueles produtos a preços melhores e, do lado do varejista, ele vai conseguir reduzir o desperdício. Muitas vezes, a gente vai conseguir aproveitar esses produtos ao invés de desperdiçar. Então, realmente é ganha-ganha”, explicou Talita Pinto, coordenadora do Observatório de Bioeconomia da FGV, à reportagem do JN.
Isso é permitido por lei?
Sim. Não tem problema vender produtos que estejam perto do vencimento, desde que isso seja sinalizado de forma clara para o consumidor. Mas fica o aviso para o consumidor não se empolgar demais e acabar comprando muitos produtos para aproveitar os bons preços, já que isso provavelmente vai acabar em desperdício.




