É isso mesmo que você leu. Mas calma: isso não aconteceu recentemente. Estamos falando de uma das coisas mais bizarras que aconteceu na história recente do Vaticano: quando o corpo de um papa explodiu no caixão.
O Papa Pio XII (1876-1958) entrou para a história de duas maneiras. A primeira foi por ter sido o líder da Igreja Católica durante a Segunda Guerra Mundial. A segunda, como você provavelmente já adivinhou, foi explodindo.
Na tradição da Igreja Católica, os corpos dos papas passam por seis dias de ritos funerários até finalmente serem enterrados. Durante esse período, os corpos ficam expostos no Vaticano, para que os fiéis possam se despedir. Para que isso possa acontecer, os corpos passam por um processo de embalsamento. O sangue e outros fluidos corporais são retirados, olhos e mandíbulas são selados e o corpo é injetado com vários produtos, incluindo um líquido à base de formol.
Por que o corpo do Papa Pio XII explodiu?
Porém, o Papa Pio XII optou por outra forma de preservação do corpo, que foi desenvolvida pelo chefe da equipe médica do Vaticano, Riccardo Galeazzi-Lisi. Em testamento, Pio XII pediu para ser enterrado “da forma que Deus havia lhe feito”, sem ter os órgãos removidos. O tal processo desse médico, a “osmose aromática”, consistiu em envolver o corpo do papa de óleos e resinas, e então recoberto por uma camada de papel celofane.
Logo na primeira madrugada após o procedimento, os responsáveis já perceberam que algo tinha dado errado. Naquela época de calor, o papel acabou com a circulação de ar e acelerou a putrefação do corpo, que começou a inchar – e obviamente, a ter um odor horrível. Quando o corpo estava sendo transportado para a Basílica de São Pedro, o corpo simplesmente se despedaçou na cavidade torácica.
O caixão foi coberto e o corpo teve que passar por operações de emergência, passando por um novo processo de embalsamento.