Nesta sexta-feira, dia 10, o dólar fechou cotado a R$ 5,50, refletindo um aumento de 0,07% em relação ao dia anterior. Esse nível elevado foi alcançado devido a preocupações fiscais no Brasil e movimentações econômicas no exterior.
A derrota da Medida Provisória 1.303 no Congresso não está documentada, mas questões fiscais seguem influenciando a taxa de câmbio. As recentes ameaças tarifárias dos Estados Unidos também contribuíram para a instabilidade no mercado cambial.
A valorização do dólar traz impactos significativos para a economia brasileira. A inflação, já elevada, é pressionada adicionalmente pelos altos custos dos produtos importados, afetando diretamente eletrônicos, combustíveis e alimentos.
O setor industrial, que depende de insumos estrangeiros, enfrenta também aumento nos custos, enquanto o agronegócio se beneficia do fortalecimento das receitas em reais.
Alimentos mais caros
A alta do dólar impacta os preços dos alimentos, como trigo e carnes, que dependem de importações. O aumento dos preços preocupa especialmente as famílias de baixa renda, que destinam uma fatia maior de seu orçamento a produtos de necessidade básica.
Todavia, exportadores de commodities, como soja e carne, lucram mais ao receberem valores maiores em reais por suas vendas externas, embora isso possa resultar em menor oferta para o mercado interno.
Viagens e produtos importados sobem de preço
A valorização do dólar encarece viagens internacionais, hospedagens e produtos importados. Setores como o farmacêutico e de eletrônicos, fortemente dependentes de importações, enfrentam dificuldades em manter preços competitivos.
Muitos consumidores optam por alternativas domésticas ou adiam compras mais caras até que a situação cambial se estabilize.