No último sábado (29/11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração polêmica, afirmando que iria “fechar por completo” o espaço aéreo “sobre” e “nos arredores” da Venezuela. “A todas as companhias aéreas, pilotos, narcotraficantes e traficantes de pessoas: por favor considerem o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela fechados em sua totalidade”, escreveu o republicano na Truth Social, rede social criada pelo próprio.
Apesar do tom de Trump, vale destacar que os Estados Unidos não têm nenhuma autoridade legal para fechar o espaço aéreo de qualquer outro país. Ainda assim, a postagem gera incerteza entre turistas, que podem acabar desistindo de viajar para a região.
Venezuela critica declaração de Trump
O governo da Venezuela reagiu rapidamente à declaração, acusando Trump de fazer uma “ameaça colonialista”. Segundo a BBC News, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que a declaração seria uma “agressão extravagante, ilegal e injustificada” contra a Venezuela.
A declaração de Trump veio poucos dias depois da Administração Federal de Aviação dos EUA alerta empresas aéreas para a “intensificação da atividade militar” ao redor do país sul-americano. Recentemente, os EUA enviaram o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, para o Caribe, argumentando que a operação seria voltada para o combate ao tráfico de drogas.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeita essa explicação, afirmando que o governo dos Estados Unidos estaria apenas tentando derrubá-lo.
De acordo com a BBC, desde o início de setembro, forças navais dos EUA realizaram pelo menos 21 ataques contra embarcações, afirmando que elas estariam transportando drogas. Porém, as autoridades norte-americanas não apresentaram provas disso.



