O empresário John Textor, conhecido no Brasil por controlar 90% da SAF do Botafogo, concluiu a venda de sua participação no clube inglês Crystal Palace, conforme revelou o jornal francês L’Équipe neste domingo (22). O negócio gira em torno de 254 milhões de dólares (aproximadamente R$ 1,4 bilhão), referente à venda de 44,9% das ações do Palace.
O comprador é Woody Johnson, proprietário da equipe de futebol americano New York Jets, da NFL, e ex-embaixador dos Estados Unidos no Reino Unido. A venda ainda depende de aprovação da Premier League, que realiza um rigoroso teste de idoneidade para novos proprietários de clubes.
A venda das ações acontece em um contexto estratégico. Textor, por meio da holding Eagle Football Holdings, também controla o francês Lyon, clube que está classificado para a UEFA Europa League 2025/26, mesma competição para a qual o Crystal Palace obteve vaga ao vencer o Manchester City na final da FA Cup.
As regras da UEFA impedem que clubes com o mesmo dono disputem a mesma competição continental, a não ser que haja transferência de ações ou blindagem jurídica entre os clubes envolvidos — o que Textor não conseguiu concluir até o prazo da UEFA, em 1º de março.
Com a venda para Johnson, o Palace pode agora ser liberado para disputar o torneio, desde que o negócio seja oficializado pelas autoridades esportivas.
Palace confirma acordo e agradece Textor
Na manhã desta segunda-feira (23), o Crystal Palace confirmou a assinatura do contrato e a saída oficial de John Textor como acionista. Em nota oficial, o clube agradeceu ao empresário pela contribuição e desejou “sucesso nos futuros projetos”.
Apesar de ser um dos principais acionistas, Textor não tinha envolvimento direto na gestão do clube inglês, que segue sob o comando do presidente Steve Parish e dos investidores americanos Josh Harris e David Blitzer.
Textor foca em Botafogo e Lyon
Com a venda das ações do Crystal Palace, John Textor permanece no comando de dois clubes principais: o Botafogo, no Brasil, e o Lyon, na França. Ambos fazem parte do projeto da Eagle Football Holdings, que busca desenvolver um ecossistema multiclubes com foco em jovens talentos, performance esportiva e integração global.
O negócio bilionário também dá a Textor mais liberdade para se dedicar integralmente ao futuro do Glorioso, onde ele já tem papel ativo na gestão esportiva e é figura constante em entrevistas e jogos do clube carioca.