O Itaú BBA atualizou suas estimativas para as seguradoras listadas na Bolsa e reiterou a recomendação de compra para a Caixa Seguridade (CXSE3), enquanto manteve visão neutra para a BB Seguridade (BBSE3).
O preço-alvo da Caixa foi elevado de R$ 17,00 para R$ 18,00 até o fim de 2026, refletindo maior visibilidade nos lucros operacionais e consistência no pagamento de dividendos. Já a BB Seguridade teve o preço-alvo reduzido de R$ 38,00 para R$ 37,00, diante de um cenário de crescimento contido e incertezas sobre a renovação de contratos.
Segundo o BBA, a preferência pela Caixa decorre da resiliência do modelo de negócios e da TIR (Taxa Interna de Retorno) real de 11%, considerada atrativa. O banco projeta crescimento médio de 11% no lucro por ação entre 2024 e 2027, além de dividend yield estimado em 9,5%.
BB Seguridade enfrenta desafios no agrícola e na previdência
Para os analistas, a BB Seguridade atravessa um momento de maior fragilidade. A emissão de prêmios vem desacelerando, sobretudo no seguro agrícola, que perdeu apelo entre produtores. A expectativa é de queda de 2% nos prêmios em 2025, antes de uma recuperação em 2026.
Além disso, sinais de problemas de safra no Sul do país podem elevar a sinistralidade, atualmente em mínimas históricas. No segmento de previdência, a companhia também enfrenta dificuldades de captação, o que adiciona incertezas ao desempenho futuro.
Bradesco BBI adota cautela também com Caixa Seguridade
Enquanto o Itaú BBA enxerga potencial relevante na Caixa Seguridade, o Bradesco BBI se mantém mais cauteloso. O banco reiterou recomendação neutra e fixou o preço-alvo em R$ 17,00 por ação até 2026.
O BBI reduziu suas projeções de receita e lucro líquido da Caixa, refletindo menores ganhos de corretagem e aumento de despesas operacionais. A previsão é de lucro líquido de R$ 4,1 bilhões em 2025 e R$ 4,4 bilhões em 2026, abaixo do consenso de mercado.




