Eike Batista aposta novamente no mercado de biocombustíveis. O empresário está promovendo a supercana, uma variedade desenvolvida para produzir até três vezes mais etanol e 12 vezes mais biomassa por hectare que a cana convencional.
O projeto, conduzido pela BRXe, está localizado em Quissamã, no Rio de Janeiro. No entanto, há ceticismo em torno dos números apresentados, pois ainda carecem de comprovação científica independente.
Inovação na cana-de-açúcar
A supercana é uma cana geneticamente melhorada que busca transformar o setor de combustíveis no Brasil. O objetivo é competir com o etanol de milho, bastante utilizado nos EUA.
Sem estudos científicos conclusivos, a viabilidade das projeções ainda é incerta. Eike acredita que em até vinte anos, 30% das plantações brasileiras poderão adotar a supercana, embora essa previsão ainda não esteja documentada.
Projeções
O projeto visa também a produção de embalagens biodegradáveis a partir do bagaço da cana, ampliando as aplicações da supercana. Apesar de investimentos expressivos, como US$ 500 milhões de investidores árabes e da Brasilinvest, a eficácia operacional em larga escala permanece questionável.
O ceticismo por parte da indústria reflete a necessidade de provas concretas sobre o comportamento da supercana em diferentes regiões e climas do Brasil.
Expansão da supercana
Eike Batista planeja a expansão do projeto em até 20 módulos de 70 mil hectares pelo Brasil. Espera-se que essas instalações contribuam para a produção de bilhões de litros de etanol e toneladas de embalagens até 2028.
O sucesso desse empreendimento poderia solidificar a posição do Brasil no mercado de energia verde.