O comércio ilícito de medicamentos emagrecedores continua a representar um desafio significativo para a saúde pública brasileira. A crescente popularidade das “canetas emagrecedoras” do Paraguai, utilizadas no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2, tem levantado bandeiras vermelhas entre as autoridades.
Esses produtos são frequentemente adquiridos sem qualquer regulamentação. A procura por preços drasticamente reduzidos — podendo ser até dez vezes inferiores aos originais — não compensa os perigos inerentes à saúde.
No contexto brasileiro, a Anvisa tem sido vigilante ao interceptar medicamentos falsificados. A agência recentemente apreendeu lotes de medicamentos como Rybelsus e Ofev, que não eram reconhecidos por suas respectivas fabricantes, Novo Nordisk e Boehringer Ingelheim. Estes medicamentos foram rotulados como falsificados devido à falta de validação apropriada.
Desafios no combate à proliferação
O interesse pelas canetas emagrecedoras piratas aumenta à medida que a facilidade de aquisição no Paraguai gera preocupações sobre a segurança e efetividade desses produtos. A venda irregular de medicamentos não é um problema exclusivo ao Brasil, pois outras agências internacionais também alertaram sobre a falsificação generalizada.
Riscos à saúde
A falsificação e venda de medicamentos não certificados representam perigos reais, que vão além da simples ineficácia. Como destacado pelas autoridades de saúde, a potencial contaminação por substâncias desconhecidas nos produtos falsificados é uma preocupação legítima.
Além disso, a ausência de controle de qualidade pode resultar em contaminações graves que podem comprometer a saúde do usuário.
No combate ao tráfico ilícito, operações significativas continuam a ser realizadas. Recentemente, a Receita Federal apreendeu 126 canetas emagrecedoras no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Tais operações são cruciais para impedir que produtos desconhecidos entrem no mercado nacional.