Fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 e ficou frustrado com a anulação das três questões porque você sabia que tinha acertado elas? Então imagine a frustração dos estudos que foram fazer a prova apenas para correr o risco dela ser completamente anulada? Foi essa loucura que aconteceu lá no Enem 2011.
Relembre o caso do Enem 2011
Três dias após a aplicação da prova, um aluno do colégio Christus, no Ceará, compartilhou fotos de apostilas que tinham sido distribuídas por um professor, parte de um banco de questões usado em simulados para o Enem. O problema é o Ministério da Educação (MEC) confirmou que algumas dessas questões eram idênticas ou muito semelhantes às aplicadas no exame daquele ano.
Com isso, o MEC cancelou as provas feitas pelos 639 alunos do colégio cearense. Em resposta, o Ministério Público Federal do Ceará entrou com uma ação pedindo que o Enem 2011, ou as tais 13 questões idênticas, fossem anulados em todo o país para garantir isonomia entre os concorrentes.
O juiz federal Luís Praxedes Vieira analisou o caso e a Justiça decidiu manter o Enem, mas anulou as 13 questões para todos os participantes, não apenas os da escola cearense. O Inep recorreu, argumentando que, como o problema era localizado, o certo seria realmente anula a prova dos mais de 600 alunos do Christus e reaplicar o exame. A outra alternativa seria anular as 13 questões desses estudantes e redistribuir os pontos.
O presidente do TRF5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região) suspendeu a liminar que anulava as tais questões para todos os participantes da prova. O Ministério Público até entrou com recurso, mas a suspensão foi mantida.
No fim das contas, as tais 13 questões foram anuladas apenas para os estudantes da escola cearense e os pontos foram redistribuídos entre outras questões.




