No mundo das campanhas publicitárias, marcas consagradas têm se encontrado no cerne de debates políticos. Neste mês de dezembro, a Havaianas, marca de chinelos amplamente conhecida, foi alvo de boicote após uma campanha com a atriz Fernanda Torres.
A peça foi interpretada como uma provocação política por figuras de direita, gerando forte reação nas redes sociais. O episódio ilustra como o marketing se torna arena para disputas ideológicas, com marcas como Havaianas se vendo no meio desse fogo cruzado.
O dono das lojas Havan, Luciano Hang, era apoiador declarado do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso gera boicote por parte de opositores do político até os dias atuais.
Controvérsias no comércio
O uso de publicidade com conotações políticas não é exclusivo do Brasil. Nos Estados Unidos, a Goya Foods enfrentou boicotes quando seu CEO elogiou Donald Trump, engajando simpatizantes e críticos da marca.
A Target, ao lançar uma coleção do Pride Month, teve reações adversas de grupos conservadores, enquanto a Doritos, por sua campanha de apoio à comunidade trans na Espanha, também foi criticada. Essas situações mostram como posicionamentos percebidos como políticos podem impactar a percepção de uma marca.
Desafios em campanhas publicitárias
Escolher figuras públicas para campanhas pode ser uma faca de dois gumes. No Brasil, a escolha de influenciadores com posturas políticas explícitas, como Felipe Neto na campanha do chocolate Bis, gerou debates acalorados.
Esse fenômeno indica que a imagem do produto pode ser eclipsada pela ideologia da figura envolvida, complicando as estratégias de marketing das empresas.
A reação do mercado a polêmicas envolvendo marcas pode variar. Muitas, como a Havaianas, optam por silêncio público, mesmo diante de amplas discussões e memes gerados online. As consequências podem incluir queda nas ações e, paradoxalmente, aumento na visibilidade pública.




