Atualmente, de acordo com a Petrobras, o preço médio da gasolina no Brasil é de R$ 6,28 por litro. E não parece que ela vai ficar mais barata tão cedo. Há poucas semanas, a Petrobras sinalizou que não vai abaixar o preço da gasolina, mesmo com os cortes recentes no diesel.
“Ao contrário do diesel, que tem tendência de queda no mercado internacional, gasolina tem momento ascendente”, declarou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser, à Folha de São Paulo. Esse “momento ascendente” é por causa das férias de verão nos Estados Unidos, em que as viagens de carro fazem com que os estoques do país aumentem.
Segundo o site da própria Petrobras, dos R$ 6,28 por litro que pagamos pela gasolina, R$ 2,21, 35,2%, são a parcela da empresa, a maior parcela do preço. Os impostos federais representam 11,1% e os estaduais, 23,4%.

Lula culpou impostos estaduais pelo preço da gasolina
Em fevereiro, o presidente causou controvérsia ao culpar principalmente o ICMS (imposto cobrando por estados) e as empresas pelo preço alto da gasolina e de outros combustíveis. “O povo brasileiro não tem as informações necessárias para que ele possa fazer o juízo de valor. Quando sai um anúncio do diesel, da gasolina e do gás, a Petrobras leva a fama e, muitas vezes, não tem culpa nenhuma”, declarou o político em evento da Petrobras, segundo a CNN.
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) rebateu as falas do presidente em nota. “Os postos revendedores são o último elo da cadeia de combustíveis obrigados por lei a adquirir combustíveis do setor de distribuição, setor esse que é o cliente da Petrobras e responsável pelo repasse de toda e qualquer variação que ocorra de custos, impostos e margens aos preços de aquisição dos postos de combustíveis”, destacou o texto.