Mix Conteúdos Digitais
  • Início
  • Últimas Notícias
  • Contato
  • PUBLICIDADE LEGAL
Mix Conteúdos Digitais
Sem resultados
Ver todos os resultados
Mix Conteúdos Digitais
Sem resultados
Ver todos os resultados

Erro da NASA passou quase 40 anos despercebido e só agora veio à tona

Por Pedro Silvini
28/07/2025
Em Geral
0
Big Bang espaço NASA

(Reprodução/NASA)

Desde 1986, quando a sonda Voyager 2 fez seu histórico sobrevoo por Urano, a NASA acreditava que o planeta mais excêntrico do Sistema Solar era “morto” energeticamente, sem gerar calor interno — ao contrário de Júpiter, Saturno e Netuno, que irradiam mais energia do que recebem do Sol.

Agora, 39 anos depois, essa ideia foi derrubada por dois estudos independentes, conduzidos por equipes da Universidade de Oxford (Reino Unido) e da Universidade de Houston (EUA), em colaboração com cientistas da própria NASA. Os trabalhos revelam que Urano libera cerca de 15% mais energia do que recebe do Sol, o que indica que o planeta possui sim uma fonte interna de calor.

A descoberta foi publicada em duas revistas científicas de peso — Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (maio de 2025) e Geophysical Research Letters (julho de 2025) — e coloca fim a uma dúvida que intrigou gerações de astrônomos.

Estudo do planeta Urano (Reprodução/NASA)

Por que a NASA errou por quase quatro décadas?

Segundo Amy Simon, cientista planetária do Goddard Space Flight Center, a confusão nasceu de uma limitação de dados:

“Tudo se baseava em uma única medição feita pela Voyager 2 em 1986. Aquilo virou consenso, mas era uma amostra muito frágil.”

Na época, a sonda detectou temperaturas surpreendentemente baixas e não encontrou sinais claros de calor interno, levando a teorias de que Urano poderia ter:

  • Idade muito superior à dos outros gigantes gasosos (e já teria esfriado totalmente);
  • Ou que um impacto colossal — o mesmo que provavelmente o deixou girando “de lado” — teria dissipado todo o calor do planeta.

Nenhuma dessas hipóteses convencia a comunidade científica.

Como o mistério foi resolvido?

Usando modelagem computacional avançada e décadas de dados de telescópios espaciais e terrestres (como o Hubble e o Infrared Telescope Facility, do Havaí), os pesquisadores recalcularam o balanço energético de Urano:

  • Mediram com mais precisão quanto da luz solar o planeta reflete (descobriram que ele é muito mais reflexivo do que se pensava);
  • Estimaram quanta energia o planeta emite como calor.

O resultado mostrou que Urano, embora frio e distante, está liberando lentamente o calor remanescente de sua formação há 4,5 bilhões de anos — exatamente como seus “primos” Júpiter, Saturno e Netuno.

Um planeta esquisito e ainda cheio de mistérios

Urano é quatro vezes maior que a Terra e tem peculiaridades únicas:

  • Gira “deitado”, com o eixo inclinado em 98º;
  • Cada polo enfrenta 42 anos de luz solar direta e depois 42 anos de completa escuridão;
  • Roda na direção contrária à maioria dos planetas (assim como Vênus).

Apesar de mais quente do que se acreditava, o planeta continua sendo um dos corpos mais frios do Sistema Solar, com temperaturas médias de -224°C.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

Próximo post
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Quase R$ 350 milhões: Brasileiros são pegos de surpresa e recebem dinheiro esquecido

Confira!

Anitta

Anitta faz mistério e fãs suspeitam anúncio de encerramento da carreira

17/09/2025
Asteróide Apophis

Objeto espacial do tamanho do Camp Nou vai passar perto da Terra e poderá ser visto ao vivo

17/09/2025
Lançamento do Titusville, da Nasa

Nave da NASA falha no espaço e 2 astronautas vivem momentos de tensão

17/09/2025
  • Contato

Diário do Comércio | Mix

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Contato

Diário do Comércio | Mix