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Escamas de peixe brasileiro são usadas para fabricar artigos de luxo

Por Pedro Silvini
18/08/2025
Em Geral
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Peixe Artigo de luxo

(Reprodução/IStock)

Um peixe que já esteve à beira da extinção hoje é sinônimo de luxo, conservação ambiental e renda para comunidades amazônicas. O pirarucu (Arapaima gigas), considerado um dos maiores peixes de água doce do mundo, tem sua pele espessa e resistente transformada em bolsas, sapatos e cintos de alto padrão, movimentando o mercado da moda sustentável e conquistando espaço em grifes nacionais e internacionais.

Há pouco mais de uma década, o pirarucu sofria os efeitos da pesca predatória. A espécie chegou a ser proibida para captura, mas esforços de conservação reverteram o cenário. Graças a iniciativas de manejo sustentável implementadas nos anos 2000, as populações cresceram de forma expressiva: em áreas de proteção no rio Juruá (AM), o número de indivíduos aumentou 425% em 11 anos. Hoje, estima-se que esse crescimento já chegue a 600%, segundo o ecologista João Campos-Silva, da National Geographic.

O modelo envolve a contagem dos peixes e a autorização da captura de até 30% dos adultos por ciclo, entre junho e novembro. Assim, a atividade garante renda a indígenas e ribeirinhos e, ao mesmo tempo, preserva o equilíbrio ecológico.

Gastronomia e moda: valor agregado à biodiversidade

O pirarucu é valorizado na gastronomia amazônica e em restaurantes de luxo, pela carne branca e textura firme, usada em pratos como caldeiradas, ceviches e o tradicional pirarucu à casaca. Mas é a pele do peixe que tem conquistado o setor da moda, ao ser processada em artigos de luxo com certificação sustentável.

As escamas também são utilizadas em artesanato e pesquisas para novos materiais. Até a língua, quando seca, é aproveitada como ralador, reforçando o aproveitamento integral da espécie.

Guardiões da Amazônia

Atualmente, mais de 1.100 comunidades amazônicas participam da conservação do pirarucu. Para Campos-Silva, o ressurgimento da espécie é um modelo mundial de preservação:

“A história do pirarucu mostra que as respostas muitas vezes estão nas mãos das comunidades locais que vivem na floresta. Eles são os guardiões do conhecimento.”

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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