A ansiedade, uma das condições mais comuns de saúde mental, afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Especialistas da Universidade da Califórnia revelaram um novo achado: pessoas com ansiedade apresentam uma redução de 8% nos níveis de colina no córtex pré-frontal. Essa descoberta foi realizada através de exames de imagem que mostraram como a colina, um nutriente vital, é afetada em condições de ansiedade.
Os pesquisadores analisaram dados de 712 indivíduos, divididos entre grupos com e sem transtornos de ansiedade. Os resultados indicaram que o cérebro ansioso possui menos colina, uma substância crucial para a síntese de acetilcolina, neurotransmissor associado ao humor e à memória.
A deficiência foi especialmente evidente na área responsável pelo controle de decisões e emoções, reforçando sua conexão direta com o equilíbrio emocional.
Colina: nutriente essencial para o cérebro
A colina é um elemento chave para a formação de membranas celulares e funcionamento do sistema nervoso. O corpo humano produz colina em pequenas quantidades, o que torna a ingestão alimentar essencial.
Alimentos ricos em colina incluem ovos, peixes, carnes e vegetais crucíferos. A insuficiência desse nutriente pode resultar em problemas emocionais, impactando a saúde mental.
Dieta e saúde mental
Embora o estudo não comprove que aumentar a colina na dieta reduz diretamente a ansiedade, ele abre espaço para pensar em possíveis intervenções nutricionais. Ajustar a dieta pode complementar tratamentos convencionais, como terapia e medicação, oferecendo abordagens adicionais no cuidado à saúde mental.
Atualmente, evidências sugerem uma relação entre baixos níveis de colina e agravamento de quadros ansiosos. Uma dieta rica em colina não é uma solução única, mas ressalta a necessidade de integrar cuidados nutricionais a tratamentos existentes.




