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Esse é o país de elite onde as pessoas trabalham menos horas por dia

Por Pedro Silvini
19/09/2025
Em Geral
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Caminhada Japonesa

(Reprodução/Mainichi)

Quando se fala em disciplina e produtividade, a Alemanha quase sempre aparece como exemplo. Porém, um levantamento recente da OCDE desmonta o mito: os alemães são, na verdade, os que menos trabalham por ano entre os países desenvolvidos.

Segundo os dados, em 2024, a média anual de horas trabalhadas no país foi de 1.331, contra 1.898 na Grécia e 1.716 em Portugal. Nos Estados Unidos, a comparação é ainda mais gritante: a média passou de 1.800 horas.

Especialistas apontam que a explicação não está em uma suposta falta de empenho, mas na estrutura do mercado de trabalho. A participação feminina é altíssima — cerca de 77% das mulheres estão empregadas — mas muitas optam por contratos de meio período. Isso puxa a média de horas para baixo, sem significar menor produtividade.

Enzo Weber, pesquisador do Instituto para Pesquisa do Emprego (IAB), explica: “Na prática, mais pessoas estão incluídas no mercado de trabalho. O dado reflete matemática, não preguiça”.

Crise de identidade e novos desafios

Apesar dessa flexibilidade, a Alemanha enfrenta um momento delicado:

  • Desemprego ultrapassou a marca de 3 milhões pela primeira vez em uma década;
  • PIB encolheu por dois anos seguidos e já está abaixo do nível de 2019;
  • Enquanto isso, países antes criticados por “não trabalharem o suficiente”, como Espanha e Grécia, crescem acima de 2% ao ano.

A situação gera um paradoxo para um país que impôs austeridade ao sul da Europa há pouco mais de dez anos.

A influência da Geração Z

O desejo de trabalhar menos, antes restrito a minorias, agora é um fenômeno geracional. Pesquisas mostram que quase 60% dos homens e metade das mulheres em tempo integral gostariam de reduzir a carga semanal em cerca de seis horas. Esse movimento ganhou força com a pandemia, que mostrou a viabilidade do trabalho remoto e flexível.

Caminhos possíveis

O dilema alemão é como equilibrar menos horas de trabalho com a necessidade de manter a prosperidade em meio a uma escassez de mão de obra qualificada, que pode chegar a 7 milhões de pessoas a menos até 2035.

A saída, segundo Weber, não é espremer os trabalhadores, mas investir em produtividade, digitalização, inteligência artificial e qualificação contínua. “Não precisamos de uma semana de quatro ou cinco dias. Precisamos de uma semana flexível, adaptada às fases da vida”, defende.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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