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Esse lugar no Nordeste é um dos mais perigosos do mundo

Por Pedro Silvini
27/09/2025
Em Geral
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nordeste lugar

A 645 km de Salvador, no sertão da Bahia, está Caetité, um município de pouco mais de 54 mil habitantes que se tornou estratégico – e também polêmico – no mapa da mineração mundial. É ali que funciona a única mina de urânio em operação no Brasil, conhecida como Lagoa Real, responsável por toda a produção nacional de um dos minerais mais radioativos e valiosos do planeta.

Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a mina de Caetité produz cerca de 400 toneladas de urânio por ano, em forma de concentrado conhecido como yellowcake. O volume pode dobrar, chegando a 800 toneladas anuais, com a abertura de novas frentes de exploração, como a Mina do Engenho e um projeto de lavra subterrânea.

Após um período de paralisação, as operações foram retomadas em 2020, com novos licenciamentos ambientais e expansão da capacidade produtiva. O município concentra as duas primeiras etapas do ciclo do combustível nuclear: a lavra e o beneficiamento.

Brasil no ranking mundial

De acordo com o Red Book 2024 (IAEA/NEA), o Brasil possui 167,8 mil toneladas de urânio em reservas conhecidas, o que representa cerca de 3% do total mundial. Esse volume coloca o país na 9ª posição global, atrás de potências como Austrália, Cazaquistão e Canadá. Só em Lagoa Real, os estudos já apontam recursos de mais de 99 mil toneladas, reforçando o potencial estratégico da região.

O Plano Decenal de Geologia (PLANGEO 2026–2035) prevê novos levantamentos para ampliar a exploração mineral e elevar o Brasil no ranking internacional.

Projetos futuros

Além da Bahia, outro polo pode ganhar destaque: o projeto de Santa Quitéria, no Ceará, que prevê produção de 2,3 mil toneladas de concentrado de urânio por ano.

A iniciativa, em parceria da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) com a Galvani, ainda está em fase de licenciamento ambiental. Caso avance, reduzirá a dependência de importações e ampliará a oferta de fertilizantes fosfatados.

Riqueza e risco

Embora Caetité seja referência mundial em urânio, a presença do mineral altamente radioativo desperta preocupações. Ambientalistas e moradores questionam os impactos da mineração sobre a saúde da população e os recursos hídricos da região.

Para o governo e o setor mineral, entretanto, a exploração é vista como estratégica para o futuro energético e agrícola do país, especialmente diante da expansão da energia nuclear e da demanda por fertilizantes.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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