São Paulo está vivenciando uma transformação urbanística: a adoção do conceito de “cidade de 15 minutos”. Inspirado por modelos utilizados em Paris, Copenhague e Melbourne, o objetivo é reduzir o tempo em deslocamentos diários.
Em uma metrópole onde os paulistanos chegam a gastar até 3 horas no trânsito, essa mudança vem como um alívio logístico e uma melhoria na qualidade de vida. A iniciativa foi discutida em 2021 durante a visita do urbanista Carlos Moreno à cidade. No entanto, ainda não há um cronograma definido para implementação.
O conceito, desenvolvido pelo urbanista franco-colombiano Carlos Moreno, propõe a criação de bairros onde tudo necessário para o dia a dia está acessível a pé ou de bicicleta. Em São Paulo, existe o esforço para integrar trabalho, lazer, cultura e bem-estar num raio acessível de 15 minutos, despertando interesse e curiosidade entre os paulistanos.
Novo luxo urbano em bairros de São Paulo
Atualmente, o tempo tornou-se o maior dos luxos urbanos. Em bairros como Jardins, Pinheiros e Itaim, os residentes têm fácil acesso a serviços e infraestrutura, aumentando a valorização imobiliária e se destacando na qualidade de vida.
Dados do Secovi-SP indicam que propriedades próximas à infraestrutura de transporte e serviços estão em alta. Esse modelo de vida também incentiva um estilo mais saudável, reduzindo a dependência do carro e promovendo caminhadas, o que diminui o estresse e a poluição.
A implementação do conceito enfrenta desafios em São Paulo, como infraestrutura deficitária e desigualdades socioeconômicas. Reformular a cidade para acomodar a filosofia da “cidade de 15 minutos” requer investimentos significativos em ciclovias, calçadas e incentivos ao comércio local.
Curitiba e Porto Alegre estão começando a adotar princípios semelhantes, desenvolvendo soluções urbanas que priorizam a qualidade de vida, e São Paulo busca aprender com essas experiências.




